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ATUALIDADES
Brasil participa pela primeira vez de reunião do G8
ROBERTO CANDELORI
ESPECIAL PARA A FOLHA
"Não queremos o olhar piedoso dos países ricos. Necessitamos de soluções estruturais que devem fazer parte de um conjunto de mudanças na
economia mundial. Esperamos coerência de nossos parceiros mais ricos" (Lula, no encontro do G8 em Evian, França, em 1º/6/2003).
Pela primeira vez, o Brasil foi
convidado a participar do restrito encontro dos países mais industrializados do mundo, o G8.
Na cidade francesa de Evian, Lula
discursou por dez minutos, criticou o subsídio à agricultura e propôs a criação de um programa Fome Zero mundial, que seria financiado com um imposto sobre o
comércio de armas.
Além dos integrantes do G8
-EUA, França, Inglaterra, Alemanha, Canadá, Japão, Itália e
Rússia-, foram convidados líderes de 12 "países emergentes", entre os quais Brasil, China, Índia,
Arábia Saudita, África do Sul e
México.
O G8 promove um encontro
anual com a participação de chefes de governo e de Estado, quando os líderes assinam um documento final que deve nortear as
ações dos países-membros. A
agenda do encontro deste ano incluiu o combate ao terrorismo, a
reconstrução do Iraque, a tensão
nuclear na península coreana, a
Aids e a economia mundial.
Em termos de resultados propriamente ditos, pouco se caminhou. A proposta de Lula nem sequer entrou no documento oficial
da reunião. Se considerarmos a
participação dos "países emergentes" que puderam pronunciar-se diante dos líderes do
G8, entretanto, já houve um
progresso. Lula não perdeu a
oportunidade e aproveitou para
estabelecer contatos visando à
criação do Grupo dos Três (Brasil,
África do Sul e Índia) para ampliar a cooperação trilateral e fortalecer o grupo nos organismos
internacionais.
Roberto Candelori é professor do
Colégio Móbile e do Objetivo.
E-mail: rcandelori@uol.com.br
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