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GEOGRAFIA
Ranking feito pela ONU
EDER MELGAR
ESPECIAL PARA A FOLHA
Quase sempre, quando um
ranking é feito, aparece alguém
para questionar os resultados.
Com o ranking dos países organizado a partir do IDH (Índice
de Desenvolvimento Humano), não é diferente. Anualmente a ONU divulga o seu Relatório de Desenvolvimento
Humano, em que o ranking é o
principal atrativo.
No último relatório, o Brasil
piorou sua classificação, caindo
da 68ª posição, em 2005, para a
69ª em 2006, o que ainda mantém, com folga, o Brasil no grupo dos países de IDH médio,
que correspondem aos níveis
entre 0,500 e 0,799. A piora no
ranking fica ainda menos preocupante quando observamos
que o índice brasileiro melhorou, passando de 0,788 para
0,792 -quanto mais próximo
de 1, melhor.
Tanto os que acham que o
Brasil deveria estar mais bem
classificado quanto os que
acham que poderia estar pior
aproveitam o momento para
criticar os critérios usados.
A ONU trabalha com dados
defasados em dois anos, então o
relatório de 2006 é baseado em
2004. Isso faz com que o ranking receba críticas que afirmam que é desatualizado.
O IDH leva em conta as taxas
de alfabetização e de matrículas em todos os níveis de ensino, que em 2004 foram, respectivamente, de 88,6% e de 86%.
Nesse caso recebe críticas sobre os critérios para uma pessoa ser considerada alfabetizada e o fato de não levar em conta a qualidade das escolas.
O PIB per capita, ajustado
pelo poder de compra, também
participa da elaboração do índice. Nesse caso, a crítica é pelo
fato de não levar em conta a
real distribuição de renda do
país, sabidamente muito concentrada. Por último considera
a expectativa de vida ao nascer,
que foi de 70,8 anos -o questionamento tem a ver com o fato de não bastar viver muito,
mas precisar viver bem.
Para a ONU, viver bastante,
matriculado na escola, sendo
alfabetizado e com boa renda
per capita, já está muito bom.
EDER MELGAR é coordenador de geografia do
curso Intergraus
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