EDER MELGAR
ESPECIAL PARA A FOLHA

É comum aqui no Brasil sentir-mos um certo ressentimento quando algum estrangeiro deixa claro que não sabe exatamente onde nós ficamos, ou, pior, confunde a capital brasileira com a argentina. Sabemos que é mínima a chance de alguém dizer que a capital de qualquer um de nossos vizinhos é Brasília, mas dizerem que a nossa é Buenos Aires sempre foi tão comum que virou até piada. Ficamos indignados com tamanha ignorância, afinal, sabemos muito bem localizar o Brasil em um mapa, certo?
Agora, como você acha que os porto-velhenses se sentiriam se soubessem que vários alunos aqui do centro-sul, que estão às portas do vestibular, confundem o Estado natal deles com Roraima? Não confundem as capitais, trocam os Estados de posição mesmo.
E se contássemos aos maceioenses que muitos turistas, apesar de terem adorado as praias alagoanas, não são capazes de identificar o Estado em um mapa político do Brasil?
Para um vestibulando, não conhecer a divisão político-administrativa do país é um risco que não compensa. São inúmeros os exemplos de questões cuja resolução foi muito facilitada pelo conhecimento dessa divisão. Mesmo que o cerne da pergunta não seja exatamente a localização de um determinado Estado, conhecê-la ajuda a ter idéia de sua paisagem natural e até mesmo de algumas características socioeconômicas, apesar de elas não estarem relacionadas exclusivamente com sua localização. É importante consultar um atlas para recordar a localização dos Estados brasileiros.
O Brasil possui 26 Estados e um Distrito Federal, agrupados pelo IBGE em cinco macrorregiões: Norte, Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Sul. Mas não foi nem será sempre assim. Quando eu era criança, entre outras diferenças, os Estados de Mato Grosso do Sul e do Tocantins não existiam, mas isso é assunto para outro dia...