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      São Paulo, quinta-feira, 24 de julho de 2003
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ESTUDAR E TRABALHAR NO MESMO LUGAR

FIQUE ATENTO AOS MURAIS DE AVISO, AOS EDITAIS E AO QUE DIZEM OS VETERANOS

Procure no campus sua vaga de trabalho

Marlene Bergamo/Folha Imagem
PÉ QUENTE Eric Tanaka, aluno de arquitetura que encontrou na universidade um estágio da área que estuda

LUIS RENATO STRAUSS
DA REPORTAGEM LOCAL

A maior parte dos estudantes já deve ter pensado em como conseguir uma atividade remunerada ou em como dar os primeiros passos na carreira durante a graduação. Mas é provável que muitos deles não tenham imaginado que a oportunidade pode estar na própria universidade.
Antes de freqüentar feiras de recrutamento estudantil ou de colocar o currículo na internet, vale a pena procurar pelas vagas oferecidas dentro do campus. Em geral, elas são publicadas em editais, divulgados nos murais de aviso, e no site da instituição. Mas as principais fontes de informação acabam sendo os alunos veteranos, os funcionários e os professores.
Sergio Muniz Oliva Filho, coordenador da Cecae (Coordenadoria Executiva de Cooperação Universitária e de Atividades Especiais), da USP, afirma que há dificuldade para que o estudante descubra as chances oferecidas. "Avisamos as seções de alunos, informamos aos professores, afixamos cartazes nas faculdades e divulgamos as vagas na internet [www.cecae.usp.br]. Mesmo assim, há falha na comunicação e é preciso estudar formas alternativas para a divulgação dos editais."
A Cecae oferece, por exemplo, estágios nos programas sociais da USP. Participam atualmente dos trabalhos da entidade cerca de 110 alunos -são desenvolvidos programas como o de reciclagem, o de inclusão social de crianças carentes, o de desenvolvimento tecnológico para pequenas empresas e o de educação ambiental.
Eric Tanaka, 21, que cursa arquitetura na USP, faz estágio no setor responsável por reformas das unidades da instituição. Ele faz parte de um grupo de sete alunos que analisam as necessidades das faculdades, traçam planos de reforma e consultam os preços dos materiais para o projeto.
Tanaka ganha cerca de dois salários mínimos por 20 horas semanais e usufrui de uma das vantagens de estagiar na faculdade: o período do trabalho é baseado na sua grade de estudos. Ou seja, como o seu curso é integral, ele trabalha nas horas em que há tempo livre entre uma aula e outra.

Iniciativa própria
Da mesma forma como são divulgadas as vagas de trabalho ou de estágio na universidade, os próprios alunos podem anunciar serviços como tradução e revisão de textos e cursos de idiomas ou de instrumentos musicais.
É possível também que o aluno desenvolva o seu próprio projeto, como o de revitalização de uma área da cidade, e peça ajuda da instituição para conseguir parcerias ou financiamentos. Na USP, o estudante deve procurar a Cecae. Em outras universidades, pode-se procurar auxílio no serviço de atendimento ao estudante.
As oportunidades de trabalho temporário, como as oferecidas no período dos vestibulares, também existem. Thiago Augusto Terada, 21, aluno de relações internacionais da PUC-SP, conseguiu uma vaga após saber por meio de amigos que a universidade estava escolhendo pessoas para trabalhar no processo seletivo.
O trabalho de Terada, que durou quatro meses, era atender ao público, cadastrar vestibulandos, cuidar da distribuição de materiais, como os manuais do candidato, e fiscalizar os procedimentos de inscrição. Ganhou cerca de R$ 500 por mês, trabalhando seis horas diárias. Durante as provas, ganhou cerca de R$ 200 por dois dias de trabalho como fiscal.


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