DA REPORTAGEM LOCAL

O CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico) aumentou em 10% o número de bolsas de iniciação científica concedidas pelo órgão neste semestre. A seleção para esses benefícios começa em agosto. Hoje já são concedidas cerca de 13 mil bolsas de R$ 241,51 -o valor não é corrigido desde 1995.
A iniciação científica objetiva a aproximação do aluno com a atividade de pesquisa acadêmica na graduação, segundo José Roberto Drugowich, chefe-de-gabinete do CNPq (órgão ligado ao Ministério de Ciência e Tecnologia).
Os estudantes que fazem iniciação científica estão, em geral, vinculados ao projeto de um professor ou pesquisador. Para começar uma pesquisa, o aluno, orientado pelo professor, deverá elaborar um projeto de estudo que será avaliado por uma banca do CNPq. As bolsas duram 12 meses e podem ser renovadas.
Em cada Estado, também pode haver fontes de fomento à pesquisa. Em São Paulo, a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) oferece bolsas de R$ 330 a 1.728 estudantes.
Outra fonte de promoção da pesquisa são as próprias universidades. A estudante de relações internacionais Nicole de Paula Domingos, por exemplo, é bolsista da PUC-SP e recebe R$ 200 por mês.
Segundo ela, a parte mais difícil de fazer um projeto é encontrar um foco de estudo dentro do tema proposto. "Há inúmeras possibilidades de pesquisa, o que pode acabar dispersando o estudo."
Os momentos de maior dificuldade são os que se aproximam da entrega dos relatórios -a cada seis meses. Em geral, dá para conciliar a pesquisa com as atividades do curso.
Para a estudante, a principal vantagem de fazer uma iniciação científica é aprender como desenvolver uma pesquisa acadêmica, o que deve ajudá-la quando for se preparar para concorrer ao mestrado.


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