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      São Paulo, quinta-feira, 25 de setembro de 2003
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FÍSICA

A lei do deslocamento de Wien

TARSO PAULO RODRIGUES
ESPECIAL PARA A FOLHA

As ondas eletromagnéticas apresentam-se de diversas formas: de rádio, microondas, luz, raios X e radiações infravermelha e ultravioleta, entre outras. A única diferença entre todas essas formas de radiação é o valor da freqüência. O que os olhos detectam como luz é uma estreita faixa no espectro dessas ondas, sendo que a cada cor está associada uma freqüência, que pode variar de 4x1014Hz, para o vermelho, a 8x1014Hz, para o violeta.
Sabemos que os objetos escuros absorvem uma porção maior da radiação que neles incide, enquanto os claros e lisos refletem a maior parte da radiação incidente. No final do século 19, os experimentos também confirmaram que um corpo que apresenta grande poder de absorção de radiação também é um bom emissor. Assim sendo, definiu-se corpo negro como sendo o corpo ideal capaz de absorver toda radiação que nele incidir, e, por conseguinte, ser também um emissor de eficiência máxima.
Inúmeras experiências foram realizadas com o objetivo de encontrar a lei que relacionasse a temperatura, a cor e a quantidade de energia irradiada pelos corpos aquecidos. Em 1911, Wilhelm Wien, físico alemão, foi laureado com o Prêmio Nobel pelo descobrimento de leis relativas à radiação térmica do corpo negro.
A figura mostra como a energia irradiada por um objeto varia em função da cor e da temperatura desse emissor. O cientista mostrou que, com o aumento da temperatura do irradiador, o pico da curva, que indica o máximo da energia emitida, deslocava-se para valores de freqüências maiores do espectro visível, ou seja, para a cor azul. A lei do deslocamento de Wien afirma que a freqüência máxima (cor) obtida é diretamente proporcional à temperatura absoluta (kelvin) do corpo emissor.
Por meio dessa relação, podemos estabelecer uma padronização entre a temperatura e a cor emitida pela fonte e determinar, por exemplo, desde a temperatura de uma lâmpada incandescente até a da superfície de uma estrela.


Tarso Paulo Rodrigues é professor e coordenador de física do Colégio Augusto Laranja

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