UOL

      São Paulo, quinta-feira, 25 de setembro de 2003
  Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

HISTÓRIA

A formação dos Estados Unidos da América

CLAUDIO B. RECCO
ESPECIAL PARA A FOLHA

A formação do Estado na América inglesa foi um processo que envolveu algumas décadas, ao longo das quais a própria idéia de Estado foi se modificando.
O período de colonização inglesa foi mais curto quando comparado com colônias portuguesas e espanholas, em parte pela demora no início da expansão por parte da Inglaterra, em parte pela rapidez com que se desenvolveu o ideal e o movimento de independência. O próprio modelo de colonização que se desenvolveu nas "13 colônias" foi responsável pela criação de uma mentalidade diferenciada e liberal, se comparada com a situação na Inglaterra.
Abandonando um país marcado pelas perseguições políticas e religiosas, grande parte dos colonizadores passou a defender a liberdade e a tolerância. Isso não significa que já existisse um ideal democrático, mas a base para seu futuro desenvolvimento. A intolerância religiosa, principalmente dos puritanos, era pequena se comparada com as perseguições promovidas na Inglaterra. Não há dúvida que nas 13 colônias havia uma situação diferenciada, caracterizada pelo "autogoverno" e, no caso das colônias do norte, por uma organização socioeconômica voltada prioritariamente para os interesses locais.
Foi principalmente nessa região que as idéias liberais, de origem iluminista, encontraram um terreno fértil para o seu desenvolvimento, somadas à política fiscalista repressiva da metrópole no século 18.
A Guerra de Independência envolveu setores diferentes da sociedade, assim como interesses variados, e deu origem a um único país. As antigas colônias estavam unidas em um único Estado. A Constituição do país e seus governantes tiveram a preocupação de preservar a unidade territorial obtida com dificuldades. A garantia de autonomia dos Estados serviu para amenizar as principais contradições que os envolviam.
Nas décadas seguintes, desenvolveu-se um sentimento nacionalista que reforçou a unidade do país: a Segunda Guerra de Independência contra a Inglaterra entre 1812 e 1814; a Doutrina Monroe, contra os interesses recolonizadores do Congresso de Viena, e a teoria do Destino Manifesto, que projeta o ideal de civilização e de progresso do povo norte-americano para justificar a política expansionista para o oeste.
Dica: Estabeleça diferenças entre a Doutrina Monroe e o Destino Manifesto, considerando o contexto da época.


Claudio B. Recco é coordenador do site www.historianet.com.br e autor do livro "História em Manchete - O Início do Século"


Texto Anterior: Geografia: Características do continente africano
Próximo Texto: Atualidades: A OMC e o impasse na conferência de Cancún
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.