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CURSINHO
Pré-vestibular oferece ao aluno de praça de alimentação a aula 3D
Cursinhos têm apostado cada vez mais na tecnologia
PATRÍCIA GOMES
DA REPORTAGEM LOCAL
Tem do caro e do barato, com
classe grande ou pequena, de
longa ou curta duração, com
turmas específicas ou genéricas. Os cursinhos pré-vestibulares têm oferecido cada vez
mais opções sob medida para
cada candidato.
Tanta oferta, avalia Maria
Stella Leite, psicanalista e
orientadora profissional da
Colmeia, pode ser de grande
valia na disputa por uma vaga
no vestibular, sobretudo nos
mais concorridos. "Apesar de
ser pedagogicamente sofrível,
porque é uma criação para tapar buracos deixados no ensino
médio, o cursinho é muito eficiente, ele funciona", diz.
Para funcionar cada vez melhor, muitos cursinhos incluíram as novas tecnologias em
seus métodos pedagógicos.
Afinal, a geração que está
prestando vestibular já cresceu
convivendo com o computador.
Twitter, Facebook, YouTube,
nada disso é novidade.
Assim, hoje é raro que o cursinho não tenha um portal recheado com listas de exercícios,
resoluções comentadas de
questões, resumos e muito material de apoio aos estudos.
O CPV adotou recentemente
a ferramenta chamada "blackboard", uma plataforma interativa que oferece aulas on-line,
vídeos, listas de exercícios e
chats. O recurso foi uma ajuda
muito importante no ano passado, quando a volta às aulas do
segundo semestre foi adiada
em razão da gripe suína.
Já no COC, a tecnologia está
dentro das salas de aula. O cursinho está substituindo os quadros negros por lousas digitais,
com "touchscreen" (uso através do toque na tela). Além disso, a instituição oferece aulas
em três dimensões elaboradas
pela editora do COC.
Para Carlos Monteiro, que
presta consultoria em planejamento e gestão de instituições
de ensino, a utilização das tecnologias da informação nos
cursinhos é fundamental. "Isso
não é um diferencial positivo, é
praticamente uma condição de
existência", afirma Monteiro.
Infraestrutura
Não é só na sala de aula e por
insumos pedagógicos que os
cursos oferecem serviços para
facilitar a vida do estudante.
Como os alunos têm passado
cada vez mais tempo nos cursinhos, a infraestrutura das instituições tenta tornar agradável
ficar ali dias inteiros. Por isso, é
comum que as instituições tenham refeitório, copa, lugar para esquentar marmita e espaços para descanso. "Durante
um ano, o cursinho tem de ser a
extensão da casa do aluno", diz
Fábio Rendelucci, do COC.
O Objetivo tem até uma praça de alimentação, com diversas franquias, para agradar a todos os gostos.
Mesmo com tantos serviços e
mimos à disposição, a psicóloga
e psicopedagoga Lissandra
Cianciaruso faz um alerta:
"Cursinho ajuda, mas não faz
milagre." Prova disso, diz a especialista, são os alunos que
conseguem vagas em universidades concorridas mesmo sem
ter feito cursinho (leia mais na
pág. 4). "Quem não pode pagar
está fadado ao insucesso? Claro
que não!", diz ela.
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