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SAIBA MAIS
GEOGRAFIA
O Brasil e os dados do IDH
EDER MELGAR
ESPECIAL PARA A FOLHA
A coluna anterior foi concluída
com um alerta aos vestibulandos para que não pautem seu estudo de geografia pela decoreba
de dados estatísticos -o que não
significa que eles devam ser deixados totalmente de lado, já que
são fundamentais para o estudo
de vários tópicos dessa disciplina.
O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), por exemplo, é
essencialmente um dado estatístico. Ele é obtido pela ONU (Organização das Nações Unidas) por
meio da computação de três índices -o de renda, o de saúde e o de
educação- a partir dos quais se
calcula uma média geral que varia
de zero a um. Quanto mais próximo de um estiver o índice, maior
o IDH do país.
Para o índice de renda, utiliza-se
a renda per capita ajustada pelo
poder de compra, ou seja, o PIB
(Produto Interno Bruto) dividido
pelo número de habitantes, cujo
resultado será ajustado considerando-se as características do
mercado de cada país, já que uma
renda de US$ 1.000, por exemplo,
pode representar uma capacidade
de compra maior ou menor, dependendo dos preços do país onde ela está sendo utilizada.
O índice de saúde considera a
expectativa de vida da população
ao nascer. O de educação leva em
conta a taxa de alfabetização da
população com mais de 15 anos e
a taxa de matrículas nos três níveis de ensino.
De acordo com o índice obtido,
os países são classificados em três
níveis de desenvolvimento: o baixo, para valores de até 0,499, o
médio, para os de 0,500 a 0,799 e o
nível alto, para valores acima de
0,800.
Segundo o relatório divulgado
em julho deste ano, o índice brasileiro aumentou de 0,739, em 1995,
para 0,775, em 2002. No entanto o
Brasil ainda não deixou de pertencer ao grupo de países de desenvolvimento médio, que é o
mais numeroso entre os três.
Os países de desenvolvimento
alto são na maioria europeus,
com a Noruega em primeiro lugar. Alguns latino-americanos
pertencem ao grupo, como Argentina, Chile, Uruguai, Cuba e
México. Os de desenvolvimento
baixo são predominantemente
países africanos.
Eder Melgar é coordenador de geografia do curso Intergraus
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