São Paulo, quinta-feira, 26 de setembro de 2002
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CURTA DURAÇÃO

SURGIDOS EM 1996, CURSOS DURAM APENAS DOIS ANOS E NÃO DÃO DIREITO A DIPLOMA

Ainda novidade, seqüenciais "pipocam" nas particulares

Fabiana Beltramin/Folha Imagem
MAIS RÁPIDO A programadora Telma Ferreira Rocha, 37, que diz ter optado pelo seqüencial porque os cursos tradicionais são muito longos

LUIS RENATO STRAUSS
DA REPORTAGEM LOCAL

Em 2000, eram 421, hoje são 671 os cursos seqüenciais autorizados pelo Ministério da Educação em todo o país -um crescimento de 59%. A criação e a expansão do número de vagas nessa modalidade de ensino superior, por um lado, amplia o leque de opções para quem quer cursar a universidade, mas, por outro, torna ainda mais difícil a decisão sobre o rumo a tomar na vida acadêmica: seguir a graduação, os cursos tecnológicos ou os seqüenciais?
Reconhecidos pelo MEC desde 1996, os cursos seqüenciais diferem dos superiores tradicionais sobretudo em razão da menor duração -são ministrados geralmente em dois anos- e do fato de não possibilitarem ao formado obter o diploma de graduação (de bacharelado ou de licenciatura), mas apenas um certificado de formação no ensino superior. Isso significa dizer que, ao concluir um seqüencial, o estudante não poderá seguir a carreira acadêmica e fazer mestrado ou doutorado.
Outra característica dessa modalidade de educação superior, inspirada em experiências de outros países, como os EUA, é ter como objetivo preparar quem sai do ensino médio para uma profissão no mercado de trabalho (os chamados seqüenciais de formação específica) ou complementar a formação de quem já fez faculdade (os seqüenciais de complementação).
Por isso a maior procura por esses cursos, oferecidos sobretudo nas universidades privadas, tem sido de pessoas que já trabalham ou não têm tempo nem dinheiro para cursar a graduação.


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