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CARREIRA/ENGENHARIA DE ALIMENTOS
GRADUADO, RESPONSÁVEL PELA CRIAÇÃO DE NOVOS PRODUTOS E MÁQUINAS, ATUA NA INDÚSTRIA
Tecnológico, curso não tem nada a ver com nutrição
ANDRÉ NICOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
Se quiser ver um engenheiro de alimentos bravo, pergunte-lhe se o que ele faz é nutrição. Isso porque as duas atividades, apesar de lidarem com o estudo de alimentos, são muito diferentes.
Antes de optar por uma delas, é importante saber que nutrição é
um curso da área de saúde, com atuação sobretudo em hospitais e
restaurantes, e engenharia de alimentos é um curso tecnológico,
que é exercido principalmente em
indústrias.
O engenheiro de alimentos é o
profissional responsável por projetar novos produtos alimentícios, além de máquinas e da linha
de produção. No caso de indústrias já instaladas, ele acompanha
o processo de produção -escolhe as matérias-primas, faz o controle de microrganismos, verifica
a qualidade do produto final-,
assim como cuida da forma como
o produto será estocado e também distribuído.
"Após alguém criar uma pequena porção de um alimento que
agrada a todos, o engenheiro será
o responsável por viabilizar a produção industrial de duas toneladas por dia desse produto", disse
Adelino Martins Ferreira Gomes,
chefe do Departamento de Engenharia Química e de Alimentos da
Escola de Engenharia Mauá.
O engenheiro também pode fazer estudos sobre a viabilidade
econômica do produto, isto é, sobre a existência de potenciais consumidores e a quantidade de unidades a serem produzidas.
A principal função da engenheira Marina Camasmie, 25, da Abima (Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias),
é garantir a qualidade da produção de massas para que as indústrias recebam o selo de qualidade.
Ela encaminha amostras dos produtos para análises laboratoriais e
acompanha os resultados. Por isso seu trabalho é em grande parte
exercido no escritório.
Marina também já trabalhou
em departamentos de desenvolvimento de novos produtos. "Lá era
mais "mão na massa". Voltava
com cortes nos dedos e com o
avental todo sujo de sangue, mas,
mesmo assim, era muito legal."
Outra área de atuação pela qual
ela passou foi a da marketing especializado em máquinas e aditivos, como conservantes, acidulantes e estabilizantes. Por serem
produtos muito específicos e geralmente caros, as empresas que
os vendem precisam de pessoas
com conhecimentos na área para
dar explicações aos compradores
e os auxiliarem a utilizá-los.
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