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SOB PRESSÃO
Competição parece com a de empresas
Vestibular é uma mostra de como vai ser o futuro
DA REPORTAGEM LOCAL
A competição no cursinho dá
os primeiros sinais da atmosfera que um profissional vai enfrentar no mercado de trabalho. Ambas são veladas e podem resultar em crises maiores
ou menores para quem está
nesse contexto.
"A diferença é que, no mundo
das empresas, o cenário é um
pouco mais complexo. Há o poder em jogo, existe a hierarquia,
a pressão dos chefes, além da
concorrência entre quem ocupa o mesmo nível de emprego",
explica Bernardo Leite Moreira, vice-presidente da Aapsa
(Associação Paulista de Gestores de Pessoas), entidade que lida com recursos humanos.
Na vida do vestibulando, a
comparação entre notas é uma
forma de conseguir o poder. O
melhor posicionamento no
ranking, segundo Moreira, habilita o candidato a ter maior
influência e importância no
grupo em que estuda. Processo
semelhante ao que acontece no
mundo corporativo, quando
um empregado ganha espaço.
"O aumento da competitividade gera um sentimento de insegurança. A exigência aumenta. Alguém que começa a ter
muito sucesso passa a ser um
inimigo comum", afirma o especialista em RH. Tudo isso
afeta a produtividade, tanto do
vestibulando quanto do profissional. Em muitos casos, pode
ser determinante para a baixa
na auto-estima.
"Até o vestibular, o estudante
sempre esteve protegido. A estrutura da escola não o expõe.
Mas, na prática, o que vai acontecer quando terminar a faculdade?", lembra o coordenador
do Anglo, Ernesto Birner.
Ele aponta que na medicina,
por exemplo, a disputa por uma
vaga na residência chega a ser
até mais incisiva que a concorrência do vestibular.
(SH)
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