São Paulo, quinta-feira, 27 de maio de 2004
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Esporte vira campo de atuação

DA REPORTAGEM LOCAL

Após ver por acaso um livro do tema quando estava no segundo ano da Faculdade de Direito da USP, Luiz Roberto Martins Castro, hoje com 30 anos, adotou um novo esporte: correr atrás de material sobre direito desportivo.
Isso ocorreu há quase dez anos, quando, segundo ele, ainda não havia muitas obras publicadas. "Comprei aquele livro. Depois, fui fazer um curso e adorei. Na faculdade, não havia nenhuma aula sobre o assunto, então tive de fuçar por conta própria. Fiz contato com o pessoal da área e ficava mandando e-mail pedindo sugestão de bibliografia", disse ele, que hoje é presidente do Instituto Brasileiro de Direito Desportivo.
Depois da graduação, a preparação continuou complicada. Pela falta de cursos de pós-graduação no país, ele resolveu fazer a especialização em administração esportiva da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo e, depois, um mestrado na Espanha.
Quando ingressou no mercado de trabalho, foi obrigado a dividir o seu tempo entre o direito desportivo e o imobiliário. "Deixei claro que gostava de desportivo. Por coincidência, apareceu um cliente que queria investir no futebol brasileiro, e acabei elaborando um projeto para ele."
Castro afirma que, ainda hoje, a área não consegue ocupar mais de 20% de seu tempo de trabalho. "No Brasil, apenas uns três ou quatro advogados conseguem trabalhar tempo integral com a área desportiva", disse ele, que atua também nas áreas de contrato e de direito do consumidor.
Na área desportiva, o advogado pode atuar nos tribunais das federações de cada modalidade, nas relações trabalhistas entre atletas e clubes, nos contratos de transmissão de jogos e até na parte empresarial, como na transformação de clubes em empresas.


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