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Esporte vira campo de atuação
DA REPORTAGEM LOCAL
Após ver por acaso um livro do
tema quando estava no segundo
ano da Faculdade de Direito da
USP, Luiz Roberto Martins Castro, hoje com 30 anos, adotou um
novo esporte: correr atrás de material sobre direito desportivo.
Isso ocorreu há quase dez anos,
quando, segundo ele, ainda não
havia muitas obras publicadas.
"Comprei aquele livro. Depois, fui
fazer um curso e adorei. Na faculdade, não havia nenhuma aula sobre o assunto, então tive de fuçar
por conta própria. Fiz contato
com o pessoal da área e ficava
mandando e-mail pedindo sugestão de bibliografia", disse ele, que
hoje é presidente do Instituto Brasileiro de Direito Desportivo.
Depois da graduação, a preparação continuou complicada. Pela
falta de cursos de pós-graduação
no país, ele resolveu fazer a especialização em administração esportiva da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo e, depois, um
mestrado na Espanha.
Quando ingressou no mercado
de trabalho, foi obrigado a dividir
o seu tempo entre o direito desportivo e o imobiliário. "Deixei
claro que gostava de desportivo.
Por coincidência, apareceu um
cliente que queria investir no futebol brasileiro, e acabei elaborando um projeto para ele."
Castro afirma que, ainda hoje, a
área não consegue ocupar mais
de 20% de seu tempo de trabalho.
"No Brasil, apenas uns três ou
quatro advogados conseguem
trabalhar tempo integral com a
área desportiva", disse ele, que
atua também nas áreas de contrato e de direito do consumidor.
Na área desportiva, o advogado
pode atuar nos tribunais das federações de cada modalidade, nas
relações trabalhistas entre atletas
e clubes, nos contratos de transmissão de jogos e até na parte empresarial, como na transformação
de clubes em empresas.
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