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PREÇO DA PROVA
Gasto com inscrição chega a R$ 445 em SP
Alunos que fazem vestibular em outros Estados gastam até R$ 3.000 em transporte, alimentação e hospedagem
THIAGO AZANHA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Fazer vestibular, além de
gasto de forças e energia,
também pode significar dispêndio de dinheiro.
O aluno que faz o Enem e
os quatro grandes vestibulares de SP -Unesp, Unicamp,
Unifesp e USP- gasta R$ 445
só com taxa de inscrição.
Se, nessa conta, entrarem
também provas para as faculdades particulares, a despesa sobe mais. Entre os vestibulares mais procurados da
cidade, tem Insper e FGV
(ambos R$ 180), ESPM (R$
130), PUC (R$ 120), Cásper
(R$ 115) e Mackenzie (R$ 75).
Mas como vida de vestibulando não é fácil, é muito comum que candidatos a cursos concorridos busquem opções fora do Estado.
Nesses casos, é bom mesmo preparar o bolso. Gastos
com inscrição, deslocamento, hospedagem e comida podem passar dos R$ 3.000.
Para chegar a esse valor, o
"Fovest" cotou preços em opções econômicas de hotéis,
voos e ônibus. Para alimentação, atribuiu o valor diário de
R$ 50 como custo médio.
Contabilizando apenas a
viagem da primeira fase, se o
aluno quiser fazer mais três
vestibulares fora do Estado,
como na UEM (estadual de
Maringá), Uerj (estadual do
Rio) e UFRGS (federal do RS),
o valor chega a R$ 2.816,52.
MEDICINA
A vestibulanda de medicina do cursinho CPV Carolina
de Castro Mioni, 20, tem 12
vestibulares na sua agenda
de novembro a fevereiro.
Além das provas em SP, ela
viajará para a Bahia, Minas,
Paraná e Santa Catarina.
"O investimento é alto. Já
gastei mais de R$ 1.000 só
com inscrições na UFBA,
UEM, USP, Unifesp, UFTM e
outras. Mas acredito que valerá a pena com a chegada
dos resultados", afirma.
André Pimentel, 24, está
no terceiro ano do cursinho
Etapa e quer prestar 12 vestibulares para medicina entre
instituições públicas e privadas. Estima gastar mais de R$ 3.300 com inscrição,
transporte e acomodação.
Entre seus destinos "fora
do normal, por causa do desespero", estão Manaus (AM)
e Porto Velho (RO).
"É legal ver que estou tentando e correndo atrás, mesmo que longe de São Paulo.
Dá mais gás no fim do ano
prestar diversos vestibulares", afirma André.
ISENÇÕES
Para ajudar no custeio, as
universidades concedem
isenção da taxa de inscrição
para alunos carentes.
Mas há auxílios que vão
além de não pagar a inscrição. Na UFSM (federal de
Santa Maria), a instituição
ajuda viajantes a achar a acomodação mais barata.
Cerca de 200 famílias da
cidade, por meio de uma
ação com a Coperves (Comissão Permanente do Vestibular), oferecem suas casas aos
alunos a um preço acessível.
É o caso de Honório Nascimento, 62, funcionário da
UFSM que, há 12 anos, abriga
em casa até 30 vestibulandos
na época das provas. Ele conta que começou a abrir as
portas de casa ao perceber
que os estudantes tinham dificuldade para se instalar na
cidade no período de prova.
Segundo ele, a maioria dos
estudantes são de SP, PR e
SC. Cada um paga R$ 300 por
casa e comida pelos três dias
de prova. O anfitrião diz nunca ter tido problemas, mas
que as regras são estabelecidas desde o primeiro dia.
"No último dia, ofereço
um legítimo churrasco gaúcho para os guris", afirma.
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