DA REPORTAGEM LOCAL

Por ser uma situação tida pelo estudante como fonte de tensão, o dia da prova costuma causar alterações no seu organismo que vão desde taquicardia e suor nas mãos até vômitos e queda de pressão.
Foi o que aconteceu no último vestibular da Fuvest com Viviane Lopes Pereira, 18. Um pouco antes de iniciar a prova, ela começou a passar mal e correu para o banheiro. Ao voltar, começou a fazer a prova. "Lógico que não consegui fazer a prova direito."
Segundo o gastroenterologista Antonio Frederico Magalhães, os vômitos em momentos de tensão são causados por alterações nos movimentos peristálticos do estômago. Além disso, algumas pessoas costumam ter queda de pressão e hipoglicemia (diminuição da taxa de açúcar no sangue), o que torna mais perigoso fazer as provas em jejum.
De acordo com Roberto Costa, um dos coordenadores da Fuvest, os candidatos que passarem mal durante a prova podem voltar a fazê-la depois de se recuperarem, mas não ganham tempo adicional.
No dia da prova, a Fuvest disponibiliza quatro equipes médicas em locais estratégicos da cidade de São Paulo para o caso de estudantes precisarem de atendimento. "Esse número é suficiente. Geralmente, nem as quatro equipes são utilizadas", disse Costa.
No caso de vestibulandos que estejam hospitalizados no dia da prova, é preciso entrar em contato com a Fuvest (0/ xx/11/3093-2300) para pedir que o exame seja aplicado no hospital. Caso haja autorização do médico, um fiscal aplica a prova no mesmo dia e horário dos demais candidatos. "Já aconteceu de uma moça dar a luz um dia antes da prova e o exame ser aplicado na maternidade", disse Costa.


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