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Graduação interage com outras áreas
DA REPORTAGEM LOCAL
Além da interação com a engenharia civil, necessária para entender as construções envolvidas
na exploração das jazidas, o curso
de engenharia de minas tem fundamentos comuns a outras áreas.
O aluno terá de aprender o básico de engenharia mecânica, por
exemplo. "Há equipamentos na
mina que podem dar problema
ou que precisem de pequenos
ajustes. Mas nem sempre há engenheiros mecânicos disponíveis.
Se essas máquinas ficam paradas
por uma hora, o prejuízo é grande", disse Adriano Heckert Gripp,
da UFMG.
As bases da química serão necessárias para a atuação na área
de beneficiamento. A geologia,
por sua vez, é importante para a
pesquisa mineral e para os estudos de mecânica das rochas.
Já para saber a viabilidade econômica de uma reserva mineral, o
engenheiro tem de entender de
economia e do mercado específico de recursos minerais.
A preocupação com a preservação ambiental também abriu
mercado para o engenheiro de
minas, que precisa de novos conhecimentos. "Antes era um pouco caótico. Agora, há um controle
ambiental muito maior. A área
ambiental é interdisciplinar, e o
engenheiro de minas também
participa", disse Jair Koppe, da
UFRGS.
Como antes do beneficiamento
os minérios têm uma concentração baixa das substâncias que interessam, após o processo sobram
os resíduos que não podem ser
comercializados. O engenheiro,
então, tem de planejar como armazenar essas substâncias sem
que elas contaminem os rios e o
solo, o que pode ser feito, por
exemplo, com a construção de
barragens.
Em grandes empresas, cada fase
do processo de mineração, como
lavra e beneficiamento, tem uma
equipe diferente de engenheiros
de minas, mas, em mineradoras
menores, é comum o profissional
ter de atuar em todas essas etapas,
de pesquisa mineral e gestão ambiental até o beneficiamento.
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