São Paulo, quinta-feira, 30 de maio de 2002
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Conflitos de horário fazem parte de relação com quem não é vestibulando

DA REPORTAGEM LOCAL

Se o namoro em tempos de vestibular é complicado, relacionar-se com alguém que não é vestibulando pode ser mais difícil. Quando os namorados estão na mesma situação, no caso, preparando-se para entrar na faculdade, a tendência é que compreendam melhor o que o outro está passando. Apesar disso, há estudante que encare um relacionamento com quem não vai prestar vestibular.
É o caso de Mariane Mazzoni, 17, que está fazendo cursinho e namora um rapaz que começou a estudar em uma faculdade no interior de São Paulo. Agora eles só se vêem uma vez por mês. Nessas ocasiões, ela tira o fim de semana de folga para sair com ele, mas diz ficar com um peso na consciência por não estar estudando. "Por causa disso, acabamos discutindo. Ele saiu do colégio direto para a faculdade, não sabe o que é a pressão de um um cursinho", diz.
Para o psicólogo Antonio Carlos Amador Pereira, o casal deve negociar horários, tentando compreender a situação do outro e lembrando que o estudo é importante. Ele aconselha o jovem a não ceder sempre que o parceiro quiser sair. "Por mais que se goste da pessoa, quando não der para sair, deve-se dizer isso ao namorado."
Apesar de indesejáveis, problemas de relacionamento nessa etapa da vida podem ser um bom treinamento para a fase adulta. "Os adultos não têm sempre os mesmos horários. Assim, os jovens aprendem a esperar pelo outro, a lidar com frustrações e a conter a vontade de encontrar o parceiro", afirma Rosely Sayão.



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