São Paulo, quarta-feira, 01 de janeiro de 2003

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MÔNICA BERGAMO

Era FHC versus anos Lula
Kelly Fuzaro/MTV
COLÍRIO Daniela Cicarelli, que com sua exuberância poderia tranquilamente se transformar numa espécie de musa do projeto Fome Zero. É como diz a revista "GQ" alemã, que a colocou na capa da edição de agosto: Daniela veio para ficar.


Nos oito anos em que Fernando Henrique Cardoso ocupou a presidência, estrelas surgiram, outras se apagaram; houve confusões envolvendo desde garrafas de champanhe até a língua solta de ministros. Os brasileiros, que se acostumaram com vários símbolos da chamada "era FHC", começam a conviver com os personagens, símbolos e lugares da era Lula, que começa hoje. Nesta página, alguns dos emblemas que se depedem, e os que entram em seu lugar:

LÍNGUA SOLTA
Eles são os amigos que falam o que pensam. Diferentes em quase tudo, neste ponto Frei Betto já está para Lula assim como o ministro das Comunicações, Sérgio Motta, estava para FHC. "Essa masturbação sociológica me irrita" disparou Motta em 95, referindo-se ao Comunidade Solidária da primeira-dama, Ruth Cardoso. Frei Betto já criticou a escolha de Gil para a Cultura. Apesar da confusão, logo recebeu (como sempre acontecia com Motta) o perdão presidencial.

GOLE CARO
Eles viraram vedetes: o champanhe Crystal, safra 1950 (R$ 4 mil) foi o emblema do Réveillon de 2000 depois de ser saboreado por FHC numa festa promovida pela Embratel, no Rio; o vinho Romanée-Conti, safra 1997 (R$ 6 mil), ganhou as manchetes quando foi parar na mesa de Lula, como presente de Duda Mendonça num jantar que comemorava o fim da campanha eleitoral.

ENVELOPE
Causou um tititi danado no mundo da moda o vestido plissado de Issey Miyake usado por Ruth Cardoso na posse de FHC, em 95. Por um motivo: o estilista é japonês. A primeira-dama Marisa, que encomendou cinco vestidos para as festas de titulação e posse, preferiu os nacionais: Selma K. e Walter Rodrigues. Lula vai de Ricardo Almeida.

UMA CASA NO CAMPO
O sítio de FHC em Ibiúna popularizou o lugar, um reduto de intelectuais tucanos. Sai Ibiúna, entra "Los Fubangos", o rancho de Lula na represa Billings, na Grande SP. Lá, ele ordenha cabras e prepara, no fogão à lenha, pratos como "coelho a Los Fubangos" e rabada com polenta- duas de suas receitas prediletas.



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