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FILMES E TV PAGA
Oliver Stone e a paranóia da conspiração
Projeto Pandora
Record, 22h15.
(Pandora Project). EUA, 98, 90 min.
Direção: Jim Wynorski/John Terlesky.
Com Daniel Baldwin, Erika Eleniak.
Agente tem de suspender casamento
com bela âncora da TV. Problema:
mercenário que roubou arma do
governo agora ameaça pôr fim à
humanidade. Então tá!
JFK - A Pergunta que Não Quer Calar
SBT, 23h45.
(JFK). EUA, 91, 189 min. Direção: Oliver
Stone. Com Kevin Costner, Joe Pesci. Em
princípio, um filme sedutor: desenvolve
a idéia de que o presidente Kennedy foi
vítima de uma conspiração. Revendo-o,
parece que Stone encaminhou tudo para
que a existência dessa suposta
conspiração fosse "provada" pelas
imagens. Mas imagens mentem. Em
todo caso, a considerar mais esse fruto
da obsessão do diretor pelas histórias
norte-americanas.
Guerra Submarina
SBT, 1h15.
(The Hunley). EUA, 99. Direção: John
Gray. Com Armand Assante, Donald
Sutherland. A história do oficial (Assante)
e dos marinheiros que topam entrar num
submarino, controlá-lo, colocá-lo em
condições de combate e, se possível,
voltar vivos. Uma história a reter, se se
levar em conta que o Hunley se pôs a
navegar em 1864. Feito para TV.
Duas Ovelhas Negras
SBT, 3h.
(Freebie and the Bean). EUA, 74, 113 min.
Direção: Richard Rush. Com Alan Arkin,
James Caan. Aventuras e desventuras
cômicas de dois detetives, o mexicano
Bean (Arkin) e o americano Freebie
(Caan), em comédia levada por
realizador que está muito longe da
indignidade e teve, ao longo de sua
carreira, alguns momentos muito altos.
O elenco é de nível. Vale conferir.
A Magia de Emmanuelle
Bandeirantes, 3h.
(Emmanuelle's Magic). França, 92, 90
min. Direção: Francis Leroi. Com Sylvia
Kristel, Marcella Walerstein. Uma das
várias tentativas tardias de ressuscitar
Emmanuelle (Kristel), que aqui ajuda
uma amiga a recuperar o marido. Ora, se
Emmanuelle tinha um encanto era a
capacidade de tirar o marido dos outros,
não o de devolvê-lo.
(IA)
Tempos diferentes se anunciam no Telecine
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Quase ninguém sabe quem
é Sergio Leemann, personagem que, embora sem ser ator
principal ou realizador de filmes,
tem jogado um papel decisivo em
nosso cotidiano cinematográfico.
Até o fim do ano passado ele era
gerente de programação do Telecine. A bem dizer, é quem melhorou o perfil dos canais Telecine
nos últimos anos. Ao se desligar
dessa organização, deixou criados
alguns hábitos que pareciam vedados às TVs brasileiras, tais como assistir aos filmes em seus enquadramentos originais (ou seja,
o cinemascope é cinemascope e
não uma ajambração espacial que
desnatura completamente o que
se fez).
Não foi sua única introdução.
Fez ver grandes nomes de cinematografias exóticas (como Satyajit Ray, o indiano), ou nem tanto (de Jean Renoir a Jacques Becker). Quanto aos americanos,
mostrou ciclos de cineastas clássicos praticamente indisponíveis
(Samuel Fuller, Sirk e outros).
A essa ousada ampliação do repertório clássico, acrescentou o
hábito de passar filmes europeus
ou asiáticos, em particular no canal Emotion. Os efeitos de sua
passagem permanecerão durante
algum tempo. Neste mês, por
exemplo, veremos dois Fritz Lang
raríssimos, "O Tigre de Bengala" e
"O Sepulcro Indiano".
Neste fim de semana, o Telecine
Classic exibe (às 18h45 e às 6h30
da madrugada) "Vidocq, um Escândalo em Paris", um Douglas
Sirk de 1946, antes de sua grande e
mais conhecida fase da Universal.
Já o Telecine Emotion traz o belíssimo "As Coisas Simples da Vida" (18h40), de Edward Yang, um
dos melhores exemplos da vitalidade da produção asiática atual.
Amanhã reprisam-se dois clássicos obrigatórios, também no
Classic: "Crepúsculo dos Deuses" (22h), de Billy Wilder, e "Ladrões de Bicicletas" (0h), de De
Sica.
Em suma, não é certo, mas é
provável que a saída de Leemann
do Telecine seja o anúncio de que
dias diferentes virão.
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