São Paulo, domingo, 01 de março de 2009 |
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Mônica Bergamo bergamo@folhasp.com.br
Sem alça
Curinga entre os decotes, o tomara-que-caia invadiu o tapete vermelho do Oscar
Angelina Jolie usou. Penélope Cruz também. E, como que
para não ficar para trás, Jennifer Aniston, Anne Hathaway,
Nicole Kidman e Sarah Jessica
Parker também apostaram nele. Mais do que nunca, o tomara-que-caia foi o grande vencedor no tapete vermelho do Oscar, tendo sido o eleito, neste
ano, por mais de 15 atrizes do
primeiro escalão de Hollywood. O modelo é um dos preferidos dos estilistas quando
querem deixar a mulher ainda mais sensual e elegante. "O Oscar tem uma
carga muito grande
de expectativas.
Não é local de se
correr riscos", afirma Walter Rodrigues.
Carlos Miele considera que o
decote é um curinga importante no guarda-roupa feminino.
"É uma peça atemporal", diz
ele. É ideal para alongar a silhueta e valorizar ombros e colo, já que a mulher fica praticamente nua do busto para cima.
"Quando se usa um tomara-que-caia, é a mulher que fica
em primeiro plano, e não o vestido. Como não pede um determinado cabelo ou joia, a pessoa
fica livre para criar a imagem
que quiser", diz o estilista Samuel Cirnansck.
"Mas nunca deve ser usado
com um colarzinho, nem nada
"inho". Tem que ser um [colar
que custe o mesmo que um]
prédio, e não uma casa. Se isso
não for possível, é melhor investir só nos brincos", afirma o
estilista André Lima. "Mas os
dois, colar e brincos, juntos,
nunca! Ou a mulher fica parecendo a Carmen Miranda",
completa Carlos Miele. É só
olhar para as fotos de Angelina
Jolie, Amy Adams e Penélope
Cruz para entender o que ele
quer dizer. Jolie tirou o fôlego
do público com um par de brincos de esmeralda colombiana
de 65 quilates para arrematar
seu tomara-que-caia Elie Saab
preto, que de detalhe só tinha
uma profunda fenda lateral. A coestrela de "Dúvida", Amy Adams, investiu num colar Fred Leighton com mais de 650 quilates de esmeraldas, rubis, safiras e diamantes para usar com um Carolina Herrera vermelho, com busto recortado em cetim. Já Penélope, melhor atriz coadjuvante, ostentava um colar de diamantes Chopard, avaliado em US$ 3 milhões, com um modelo de 60 anos de Pierre Balmain.
A cantora Beyoncé compareceu ao Kodak Theatre com um
floral preto e dourado colado,
da grife House of Deréon. "O
importante é escolher um vestido que tenha boa modelagem,
bom corte e boa estrutura no
corpo", indica Miele. "A base
tem que estar no corselet interno, de preferência modelado e
ajustado ao corpo de cada pessoa, se não cai tudo mesmo",
diz Cirnansck. Walter Rodrigues confessa que tem um segredinho para melhorar o caimento e dar mais segurança à
cliente. "Faço o busto mais alto
do que as costas para acomodar
melhor a omoplata e não repuxar a pele. Mesmo assim, alguns puxõezinhos serão inevitáveis porque o tecido cede." Para bustos pequenos, a solução é usar enchimentos, drapeados e diferentes tipos de aplicações, como aconteceu no modelo L'Wren Scott de Nicole Kidman, no Rodarte rosa drapeado de Natalie Portman e no Marchesa com detalhes de flores de Vanessa Hudgens. No caso dos seios grandes, o truque está mesmo no corte impecável. E, nesse caso, mostrar mais ou menos acaba virando opção pessoal. "É uma questão de querer correr riscos. Se você consegue segurar a onda, ótimo. Mas vai ter que se comportar", afirma Cirnansck. Liberado para ser usado até em modelos curtinhos e mais despojados, o decote só pede um cuidado: não parecer apertado "para não pular gordura", diz André Lima. "Não pode fazer gominho em lugar nenhum, principalmente nas costas, porque salienta algo que não precisa", completa Cirnansck. Nesse caso, a dica é ficar atenta ao espelho e ao bom senso. Texto Anterior: Horário nobre na TV aberta Próximo Texto: Campanha antibaixaria na televisão perde ibope Índice |
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