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Empresário dizia desconfiar dos livros de sucesso rápido
DA REPORTAGEM LOCAL
"Indiscriminado e seletivo,
glutão e refinado, ele é o tipo
ideal de leitor, porque sabe que
praticamente nenhuma leitura
é perda de tempo se der prazer", escreveu Antonio Candido.
Uma biblioteca que não se
sentia só. Pois tinha, como razão de ser, a leitura.
"Muito mais do que um colecionador, considero-me um leitor incansável e, o que é mais
grave, um leitor indisciplinado."
Comprar um livro de cada
vez.
"Existe sempre a ilusão de
que se cai conseguir ler mais do
que na realidade se consegue.
Depois vem o desejo de ter à
mão o maior número possível
de obras de um autor de quem
se gosta."
Desconfiava dos livros de sucesso. Esses, só lia se sobrevivessem ao tempo.
"Não gosto de livro difícil, a
não ser excepcionalmente, e só
com boas razões, como com
Proust, Joyce e Guimarães Rosa."
"Além do conteúdo, edição,
encardenação, diagramação, tipografia, ilustração, ou papel, o
livro exerc sobre mim uma
atração física. Não me satisfaz
ver um livro numa vitrine, sem
poder pegá-lo."
"Quando, depois de anos e
anos de procura, encontra-se
um livro raro, o coração bate
mais forte. Sente-se uma emoção grande, mas não se pode
deixar que ela transpareça
diante do livreiro."
APS
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