São Paulo, segunda-feira, 01 de março de 2010

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Empresário dizia desconfiar dos livros de sucesso rápido

DA REPORTAGEM LOCAL

"Indiscriminado e seletivo, glutão e refinado, ele é o tipo ideal de leitor, porque sabe que praticamente nenhuma leitura é perda de tempo se der prazer", escreveu Antonio Candido.
Uma biblioteca que não se sentia só. Pois tinha, como razão de ser, a leitura.
"Muito mais do que um colecionador, considero-me um leitor incansável e, o que é mais grave, um leitor indisciplinado."
Comprar um livro de cada vez.
"Existe sempre a ilusão de que se cai conseguir ler mais do que na realidade se consegue. Depois vem o desejo de ter à mão o maior número possível de obras de um autor de quem se gosta."
Desconfiava dos livros de sucesso. Esses, só lia se sobrevivessem ao tempo.
"Não gosto de livro difícil, a não ser excepcionalmente, e só com boas razões, como com Proust, Joyce e Guimarães Rosa."
"Além do conteúdo, edição, encardenação, diagramação, tipografia, ilustração, ou papel, o livro exerc sobre mim uma atração física. Não me satisfaz ver um livro numa vitrine, sem poder pegá-lo."
"Quando, depois de anos e anos de procura, encontra-se um livro raro, o coração bate mais forte. Sente-se uma emoção grande, mas não se pode deixar que ela transpareça diante do livreiro." APS


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