|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TELEVISÃO
Crítica
"O Último Rei..." repete mantra do cinema britânico
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Idi Amin nunca me pareceu
um personagem interessante.
"O Último Rei da Escócia"
(TC Premium, 0h, não indicado para menores de 16 anos)
parecia uma chance de descobrir nele algo fascinante que,
por distração ou desinteresse,
podia ter escapado.
Aí entra a primeira decepção:
depois do filme, Idi Amin continuou desinteressante: um ditador africano que chega ao poder tirando de lá um tirano e,
com o tempo, se torna um tirano pior ainda.
No filme há, ainda, um branco a observá-lo, aconselhá-lo
etc. É um pouco como se o
principal problema africano
fosse não ter permanecido no
estágio colonial -uma espécie
de mantra do cinema britânico.
O filme deu a Forest Whitaker o Oscar de melhor ator de
2007. É justo, porque uma das
funções do Oscar é dar um pouco de alento ao cinema inglês,
que tem ali uma espécie de cota
-reservada, claro, a suas produções mais acadêmicas. Mas é
injusto, porque Whitaker já esteve melhor em uma penca de
filmes mais interessantes.
Texto Anterior: Televisão/Humor: Inglesa faz graça com clichês dos EUA Próximo Texto: Resumo das novelas Índice
|