São Paulo, quarta-feira, 01 de abril de 2009

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TELEVISÃO

Crítica

"O Último Rei..." repete mantra do cinema britânico

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Idi Amin nunca me pareceu um personagem interessante. "O Último Rei da Escócia" (TC Premium, 0h, não indicado para menores de 16 anos) parecia uma chance de descobrir nele algo fascinante que, por distração ou desinteresse, podia ter escapado.
Aí entra a primeira decepção: depois do filme, Idi Amin continuou desinteressante: um ditador africano que chega ao poder tirando de lá um tirano e, com o tempo, se torna um tirano pior ainda.
No filme há, ainda, um branco a observá-lo, aconselhá-lo etc. É um pouco como se o principal problema africano fosse não ter permanecido no estágio colonial -uma espécie de mantra do cinema britânico.
O filme deu a Forest Whitaker o Oscar de melhor ator de 2007. É justo, porque uma das funções do Oscar é dar um pouco de alento ao cinema inglês, que tem ali uma espécie de cota -reservada, claro, a suas produções mais acadêmicas. Mas é injusto, porque Whitaker já esteve melhor em uma penca de filmes mais interessantes.


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