São Paulo, Quinta-feira, 01 de Abril de 1999
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Ex-dono também queria doar

da Sucursal do Rio

Doar o acervo para uma instituição governamental era o sonho de Alberto Lee, iniciador da coleção que irá para o Museu Imperial.
"Se o céu existe, Alberto ficará muito feliz lá, ao saber da decisão dos Geyer", conta a viúva do empresário, Zelinda Lee.
O projeto de Alberto Lee não pôde ser concretizado por problemas financeiros. No início dos anos 70, Lee perdeu muito dinheiro e precisou vender a casa.
"Ele vendeu a casa na bacia das almas (por um preço muito baixo). Eu não queria que ele vendesse, mas não houve jeito. Alberto ficou tão deprimido que pouco tempo depois ficou doente, teve câncer e morreu", relembra a viúva.
Entre os destaques do acervo da casa estão quadros como "A Selva", de Rugendas; "Vista do Rio de Janeiro Tomada da Ilha das Cobras", de Augusto Muller (de 1840); "Rua da Candelária na Esquina da Rua da Alfândega", de Vitor Meireles; e "Vista do Morro do Castelo", de Facchinetti.
Muitas obras foram compradas pelo empresário em leilões em Paris e Londres. "Alberto tinha prazer em viajar para comprar obras relativas ao Brasil", conta Zelinda.
Segundo ela, Lee tinha predileção por duas pequenas aquarelas de Taunay, compradas por ela em Paris e dadas a ele de presente. "Pouco antes de ele morrer, perguntei o que gostaria de ter de volta ao seu lado, e ele citou as aquarelas. Tentei recomprar, mas Paulo Geyer não quis me vender", afirma.


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