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Ex-dono também queria doar
da Sucursal do Rio
Doar o acervo para uma instituição governamental era o sonho de
Alberto Lee, iniciador da coleção
que irá para o Museu Imperial.
"Se o céu existe, Alberto ficará
muito feliz lá, ao saber da decisão
dos Geyer", conta a viúva do empresário, Zelinda Lee.
O projeto de Alberto Lee não pôde ser concretizado por problemas
financeiros. No início dos anos 70,
Lee perdeu muito dinheiro e precisou vender a casa.
"Ele vendeu a casa na bacia das
almas (por um preço muito baixo).
Eu não queria que ele vendesse,
mas não houve jeito. Alberto ficou
tão deprimido que pouco tempo
depois ficou doente, teve câncer e
morreu", relembra a viúva.
Entre os destaques do acervo da
casa estão quadros como "A Selva", de Rugendas; "Vista do Rio de
Janeiro Tomada da Ilha das Cobras", de Augusto Muller (de
1840); "Rua da Candelária na Esquina da Rua da Alfândega", de Vitor Meireles; e "Vista do Morro do
Castelo", de Facchinetti.
Muitas obras foram compradas
pelo empresário em leilões em Paris e Londres. "Alberto tinha prazer em viajar para comprar obras
relativas ao Brasil", conta Zelinda.
Segundo ela, Lee tinha predileção por duas pequenas aquarelas
de Taunay, compradas por ela em
Paris e dadas a ele de presente.
"Pouco antes de ele morrer, perguntei o que gostaria de ter de volta ao seu lado, e ele citou as aquarelas. Tentei recomprar, mas Paulo
Geyer não quis me vender", afirma.
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