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Festival de Cinema e Vídeo de
Curitiba exibe longas inéditos
FLÁVIO ARANTES
da Agência Folha, em Curitiba
Contando com 14 longas-metragens que ainda não estrearam em
circuito comercial, começou ontem a edição 98 do Festival de Cinema e Vídeo de Curitiba. Durante nove dias, serão exibidos 107 filmes e 27 vídeos de curta, média e
longa metragem.
Entre os inéditos estão "For
All", de Luiz Carlos Lacerda e Buza Ferraz, e "Policarpo Quaresma", de Paulo Thiago, inspirado
na obra do escritor Lima Barreto.
Os filmes inéditos formam a
Mostra Oficial. Serão sete brasileiros e outros sete de língua latina,
como o argentino "Buenos Aires
Vice Versa", de Alejandro Agresti, e "Madagascar", do cubano
Fernando Perez.
Compõe também a Mostra Oficial o Revendo 97, com oito filmes
nacionais que estrearam no ano
passado. Entre eles, "Os Matadores", de Beto Brant, e "A Ostra e
o Vento", de Walter Lima Jr.
A Mostra Oficial traz ainda uma
retrospectiva do cinema nacional.
A seleção, com sete filmes, inclui
alguns dos maiores sucessos já
produzidos no país, como "Pixote" e "O Beijo da Mulher Aranha", de Hector Babenco, e "Bye
Bye Brasil", de Cacá Diegues.
Ainda na Mostra Oficial, haverá
um programa com filmes de curta
e média metragem alemães e franceses, além de uma retrospectiva
dos filmes de Roberto Santos, entre eles, "A Hora e a Vez de Augusto Matraga".
Mostra Competitiva
Além da Oficial, o festival terá as
mostras Competitiva e Experimental. A Experimental vai apresentar uma seleção de filmes de Julio Bressane e de José Mojica Marins, o Zé do Caixão. Integram a
retrospectiva clássicos como
"Matou a Família e Foi ao Cinema", de Bressane, e "O Despertar
da Besta", de Mojica Marins.
Para a Mostra Competitiva, foram selecionados 29 filmes e 27 vídeos brasileiros, todos de curta
metragem. A seleção foi feita a
partir de 200 trabalhos inscritos,
vindos de todo o país.
Os curtas da Mostra Competitiva
vão concorrer em 26 categorias.
Os vencedores receberão o Troféu
Araucária, além de uma premiação em dinheiro que varia entre
R$ 1.500 e R$ 3.000.
Este ano, segundo a diretora-geral do festival, Cloris Ferreira, o
evento quer promover a integração cultural dos Estados do Sul do
Brasil com os países do Mercosul.
"Nós já acertamos a exibição
dos vencedores da Mostra Competitiva em salas de Florianópolis
e Porto Alegre, além de Argentina,
Paraguai, Uruguai e Chile."
Menos dinheiro
Esta é a segunda edição do festival. Na primeira, foram exibidos
apenas sete longas, dois deles inéditos. Entre os brasileiros estava
"O Que É Isso, Companheiro?",
de Bruno Barreto, que concorreu
ao Oscar de melhor filme estrangeiro neste ano.
A diretora do festival afirma que
a participação do filme na primeira edição ajudou a consolidar o
evento. Ainda assim, segundo
Cloris Ferreira, o orçamento para
a realização do festival deste ano
precisou ser reduzido dos R$ 800
mil previstos para R$ 400 mil.
"O projeto é beneficiado pela
Lei Rouanet, mas não conseguimos captar todos os recursos."
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