São Paulo, Sábado, 01 de Maio de 1999
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Livro responde a questões clássicas

especial para a Folha

Costanza tem consciência (e registre-se aqui que não é falsa modéstia ou demérito) da noção de escritora. Seu livro é o resultado de um trabalho em equipe, com a finalização de texto e coordenação editorial da jornalista Isa Pessôa e outros profissionais. "Sabia que iria resultar num produto com ótimo acabamento editorial", diz.
O conjunto do livro, com todas suas dicas, é resultado de uma longa vida dedicada à moda; seu êxito é maior, sobretudo, numa era de livros espirituais voltados para a auto-ajuda, como a atual.
O que ela fez alguns outros também já fizeram. Constance C. R. White, editora de moda do "The New York Times", escreveu seu "Style-Noir: The First How-to Guide to Fashion Writting with Black Women in Mind" sobre a moda e estilo particulares das mulheres negras. No Brasil, Gloria Kalil (com seus dois volumes do "Chic") e o editor de moda da "Playboy", Fernando de Barros (autor de "Elegância" e "O Homem Casual"), deram mostras de que há espaço editorial e, principalmente, leitores interessados em como combinar peças do vestuário ou mesmo descobrir seus estilos.
O que é válido nesse livro de Costanza, além do projeto gráfico e editorial, é a possibilidade de dialogar com a autora. O leitor terá a impressão de estar assistindo a uma de suas entrevistas nos bastidores dos grandes desfiles. Respondendo às clássicas e constantes dúvidas sobre as dez perguntas mais comuns sobre cores ou ainda por que se escolhem o preto e o branco (no capítulo sobre "A cor da roupa"), ela explica o que é ter elegância e estilo.
"Mais relevante do que ter muita grana e beleza é ter caráter, imaginação e disciplina", explica Costanza sobre a pessoa com verdadeira elegância e estilo próprio, que deve ser (acima de tudo) simples e pessoal.
Ao se referir à noção de essencial, Costanza evidencia que sua maior preocupação com esse livro é dividir com as pessoas toda sua experiência de vida: "Não sei se foi uma idéia que permeou tudo que fiz na minha vida, tendo o essencial como básico".
Nelson Motta a alertou sobre a possível pretensão que o título poderia transmitir num grau metafísico, contudo o próprio subtítulo sana essa possibilidade. Resta-nos saber se as pessoas vão incorporá-lo apenas como um guia ou tomar partido de causa única para poder sair de casa. (TD'A)


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