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Atores "trabalharam por patriotismo"
FREE-LANCE PARA A FOLHA, EM LOS ANGELES
Michael Bay foi acordado por
um pensamento súbito: e se o ataque fosse filmado sob o ponto de
vista da bomba? Ele levantou e começou a esboçar a tomada. Era o
verão de 99 e a Disney havia acabado de conceder luz verde ao
megaprojeto sobre o bombardeio
a Pearl Harbor.
"Sabia que as cenas da invasão
deveriam ser pioneiras e absolutamente verdadeiras, por isso comecei a desenhá-las antes mesmo
de receber o roteiro", explicou.
A verdade é que, quando a idéia
de reproduzir o histórico ataque
ao porto havaiano cruzou a mente
dos executivos da Disney, a pergunta que todos se faziam era:
quem seria suficientemente maluco para dirigir um projeto desse
porte? Michael Bay, claro.
"Ele é o Spielberg de sua geração", afirma Jerry Bruckheimer.
Justificando a fama de extravagante, Bay, que há apenas seis
anos dirigia videoclipes e comerciais para a televisão, afirma que
prefere explodir coisas de verdade
do que inserir o efeito especial
mais tarde.
"Só topei encarar o projeto depois que visitei o porto e vi que
poderia recriar o bombardeio "fotorealisticamente"."
O barulho de "Pearl Harbor"
começou a ecoar antes do filme
chegar às telas. "O orçamento original era de US$ 208 milhões; fizemos mágica para baixá-lo para
US$ 140 milhões. Nesse processo,
pedi demissão três vezes."
Para chegar a esse valor, ele
aceitou trabalhar pelo mínimo estipulado pelo sindicato e convenceu o elenco a fazer o mesmo.
"John Voight, Cuba Gooding Jr.,
Ben Affleck e Alec Baldwin trabalharam nesse filme por puro patriotismo." Quando questionado
se o público internacional conseguiria reagir com paixão a uma
história como essa, Bay disse que
Pearl Harbor foi um evento que
mudou o curso da história e que
isso seduziria outras audiências.
Mas, por precaução e porque
65% da bilheteria final vem do
mercado internacional, japoneses
e alemães foram premiados com
uma edição menos xenófoba. Os
brasileiros ficam com a versão
original, 55 minutos mais longa
que o próprio bombardeio.
Documentário
O canal de TV paga National
Geographic reprisa amanhã, às
22h, o documentário "Pearl Harbor: Legado do Ataque", com
duas horas de duração, sobre o
ataque à base em 1941.
(ML)
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