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Artes digitais ganham patrocínio da Petrobras
Estatal reserva R$ 42,3 milhões para 1ª fase de programa de fomento cultural
Também foram contemplados filmes e festivais musicais, principalmente focados
em música clássica
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
O programa Petrobras Cultural destinará, pela primeira
vez, recursos às chamadas artes
digitais e eletrônicas, que receberão, junto com o cinema e a
música, R$ 42,3 milhões na primeira fase do projeto de apoio
da estatal, lançado anteontem.
Em 2008, a Petrobras aportou R$ 205 milhões. A maior
parte (R$ 166 milhões) dos recursos, oriundos da Lei Rouarnet, que permite à empresa a
dedução de 4% do Imposto de
Renda devido. Até o fechamento desta edição, a Petrobras não
informou o orçamento do programa para 2009.
Por meio de seleção pública,
a Petrobras escolheu projetos
de artes digitais do Rio, do Distrito Federal, do Rio Grande do
Norte e de Minas Gerais.
Entre os beneficiados, estão
dois festivais de cinema na internet e um de videodança.
Eliane Costa, gerente de Patrocínios da empresa, disse que
a companhia está cada vez mais
inserida nas plataformas digitais. Citou a criação do blog Fatos e Dados, que divulga, entre
outros textos, as respostas integrais da empresa à imprensa.
Por conta disso, afirma, a
companhia decidiu apoiar esse
flanco da cultura.
Na área de distribuição de filmes, a estatal mesclou apoios a
diretores consagrados, como
Eduardo Coutinho ("Edifício
Master") e iniciantes. Dois filhos de Glauber Rocha -Erik
Rocha, com "Pachamama", e
Paula Gaitán, com "Diário de
Sintra"- contam com o patrocínio da empresa.
Na música, a novidade é que
o gênero clássico recebeu mais
apoio do que o popular. Entre
os festivais de clássicos, estão o
de Inverno de Petrópolis (RJ) e
o Festival Villa-Lobos, em Tangará da Serra (RJ).
Todos os projetos foram escolhidos por comitês técnicos,
que analisam as propostas e as
enviam a uma comissão, que
referenda os selecionados.
O investimento recorde em
cultura da Petrobras ocorreu
em 2006: R$ 286 milhões.
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