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TELEISÃO
crítica
Falta encenação em filmes de Eastwood e Allen
PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Em "Melinda e Melinda"
(TC Cult, 22h, 14 anos), temos,
a partir de uma mesma personagem em situações distintas,
a ilustração de uma conversa
entre dois roteiristas sobre as
diferenças entre a comédia e o
drama. Um assunto batido que
contribui para fazer deste o
pior filme de Woody Allen nos
anos 2000.
Não é diferente com "A Conquista da Honra" (Cinemax,
23h55, 12 anos), no qual Clint
Eastwood revela tardiamente a
farsa da imagem dos soldados
hasteando a bandeira da vitória
em Iwo Jima, na Segunda
Guerra, em 1945. A Guerra do
Iraque nos falou melhor sobre
as mentiras do conflito.
Mas talvez o problema desses filmes esteja mais na fraca
encenação. O que é natural,
pois rodar um filme por ano
sem fazer algum ruim, como
costuma ser a performance
desses dois cineastas, é coisa de
outro mundo.
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