São Paulo, sexta-feira, 01 de julho de 2011

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CRÍTICA DRAMA

Produção de Jatahy mistura realidade e estranhamento

ALEXANDRE AGABITI FERNANDEZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O primeiro longa-metragem da carioca Christiane Jatahy aprofunda a experiência do espetáculo teatral "A Falta que Nos Move ou Todas as Histórias São Ficção", que ficou anos em cartaz no Rio e passou por São Paulo.
Os atores são os mesmos da peça, assim como a intenção de explorar os limites entre realidade e ficção. O fio da história é tênue: cinco amigos se reúnem em uma casa, onde preparam o jantar esperando um sexto convidado. Não sabem quem é ele e nem se virá realmente.
Durante as horas que passam juntos, eles expõem suas alegrias e temores.
Os atores só conheciam as linhas gerais de seus papéis, mas não os papéis dos outros. Além disso, eles se confundem com os personagens, pois estes têm os nomes reais dos atores. Arriscada e original, a proposta abre espaço para o improviso e o acaso, exigindo bastante dos atores.
Os bastidores da filmagem são mostrados constantemente. O espectador fica na dúvida se assiste a um documentário ou a uma ficção, pois as regras do jogo só são reveladas no fim.
A opção por confinar o grupo remete aos reality shows, tem até "líder".
Contudo, ao contrário do que acontece no "Big Brother", em que tudo é encenado, neste "Big Brother cabeça" a realidade aparece de maneira surpreendente, misturada ao estranhamento.

A FALTA QUE NOS MOVE

DIREÇÃO Christiane Jatahy
PRODUÇÃO Brasil, 2007
COM Pedro Bricio e Daniela Fortes
ONDE nos cines Espaço Unibanco Augusta, Espaço Unibanco Pompeia, Frei Caneca Unibanco e circuito
CLASSIFICAÇÃO 14 anos
AVALIAÇÃO regular


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