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TARZAN
"Fiz as músicas como um menino", diz Collins
das agências internacionais
Pergunte ao cantor e compositor
Phil Collins sobre sua memória
dos clássicos desenhos de Walt
Disney, e ele se lembrará de uma
imagem terrível: uma baleia engolindo um menino de madeira que
descobre que seu pai também foi
comido pelo mamífero.
"Eu tenho memórias muito vívidas de quando assisti "Pinocchio"
com minha mãe e meu pai no cinema", disse Collins, 48. "É um filme
assustador. Eu tive pesadelos, depois disso, com uma baleia."
Com o tempo, ele se esqueceu do
mau sonho e procurou um mais
rentável. Como membro do Genesis e como artista solo, ele é responsável por vendas de mais de
100 milhões de discos. Agora, décadas mais tarde, a Disney está novamente em sua cabeça.
Collins escreveu cinco músicas e
cantou em cinco línguas para
"Tarzan". A odisséia do projeto começou em 1995, quando os diretores Kevin Lima e Chris Buck encontraram-se com Collins em Genebra. Logo depois, ele recebeu do
produtor musical executivo, Chris
Montan, um esboço e instruções
específicas: nenhuma.
"Eu o deixei no aeroporto, voltei
e comecei a escrever, como um
menino", Collins disse. "Eu basicamente escrevi quatro das cinco
coisas que você ouve no filme nas
primeiras semanas."
O time de "Tarzan" recrutou Collins especificamente por seu ritmo
e como um tributo por seus vários
anos atrás da bateria.
Mas Collins reclama que alguns
fãs o vêem apenas como a voz expressiva atrás de hits como "Sussudio", "In the Air Tonight" and "I
Can't Dance", desprezando sua
habilidade de mesclar percussão
complexa com tocantes histórias
humanas.
"Muitas pessoas nem sabem que
eu toco bateria", disse.
Collins cresceu em Londres, um
fã dos bateristas das big bands e de
swing dos anos 40, como Sonny
Payne e Buddy Rich. Esses percussionistas davam potência a bandas de baile gigantes estabelecidas
pelos grandes músicos, como
Count Basie e Tommy Dorsey.
"Sonny Payne e Buddy Rich
eram meus heróis", ele se lembra.
Aos 19 anos, em 1970, Collins se
juntou ao Genesis como baterista
e se tornou o vocalista somente
após a saída de Peter Gabriel em
1974 e o teste de 400 cantores.
Apesar de seu começo amedrontador com a Disney, décadas atrás,
Collins sustenta que "Tarzan" representa sua próxima fase criativa, o tipo de música que ele gostaria de fazer "até desistir".
"Eu adoraria fazer mais música
para filmes. E espero que as pessoas comecem a me pedir", disse
Phil Collins. "Escrever para filmes
e as big bands são minhas grandes
paixões."
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