São Paulo, segunda-feira, 01 de agosto de 2005

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Peças ganham mais discussões

DA REPORTAGEM LOCAL

O panorama da dramaturgia brasileira aponta salto de qualidade e de diversidade (nem sempre compatíveis, é verdade) na virada do século 20 para o século 21.
Há mais atenção ao processo criativo do texto, às vezes em colaboração. É o que acontece no Centro de Pesquisa Teatral (CPT), de Antunes Filho; na Escola Livre de Teatro, em Santo André; na Casa de Cultura Laura Alvim, no Rio; ou no Galpão Cine Horto, em Belo Horizonte.
Na semana passada, o Centro Cultural São Paulo deu início ao seminário "Interações, Interferências e Transformações: A Prática Dramatúrgica", encontros mensais com autores, atores e pesquisadores. A coordenação é de Ana Maria Rebouças.
As duas edições da Mostra de Dramaturgia Contemporânea (2002 e 2003), iniciativa do grupo Teatro Promíscuo encampada pelo Serviço Social da Indústria (Sesi-SP), deu visibilidade a novos nomes e também aos dos anos 90.
Com elenco formado por Renato Borghi, Elcio Nogueira Seixas, Débora Duboc e Luah Guimarãez, a primeira edição da mostra montou 15 dramaturgos ou duos: Aimar Labaki, Alberto Guzik, Bosco Brasil, Dionísio Neto, Fernando Bonassi e Victor Navas, Hugo Possolo, Leonardo Alkmim, Marcelo Rubens Paiva, Marici Salomão, Mário Bortolotto, Newton Moreno, Otavio Frias Filho, Pedro Vicente, Samir Yazbek e Sergio Salvia Coelho.
A segunda mostra teve seis peças, expandindo o eixo das produções, com um autor paulista (Cássio Pires, da Cia. dos Dramaturgos), três do Nordeste (o cearense Marcos Barbosa, o baiano Elisio Lopes Jr. e o pernambucano Luiz Felipe Botelho), além de um uruguaio (Luis Vidal Giorgi) e um português (José Mora Ramos).
O braço editorial ainda não expõe o mesmo fôlego. Raros são os autores em cena cujos textos podem ser encontrados no saguão do teatro ou nas livrarias. Mário Bortolotto, do grupo Cemitério de Automóveis, é exceção. Necessidade para a qual a Cia. dos Dramaturgos atenta, colocando peças em cena e no papel. (VS)


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