São Paulo, terça-feira, 01 de agosto de 2006

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Crítica

Lugosi encarna paradoxos do conde Drácula

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Quem será, afinal, o Conde Drácula? Um demônio sedutor? Uma alma torturada? Ou uma abortiva mistura de vida e morte?
O vampiro de "Drácula" (Turner Classic Movies, 2h10) é, por excelência, aquele que rompe a interdição de aproximar esses dois mundos, o dos vivos e o dos mortos -o que faz por intermédio do sangue, que lhe permite passar de um estado a outro.
Nem por isso ele deixará de ser um fantasma, quase um super-herói das trevas.
O primeiro Drácula data de 1922 e se chamou "Nosferatu". Era feio pra caramba, mas o filme de Murnau era genial. Esse de Tod Browning leva vantagem ao escalar Bela Lugosi para o papel principal. Desde então, começo dos 30, Drácula ganhou a cara de Lugosi: elegante, belo, com seu olhar direto dirigido às suas não menos belas vítimas, com o cabelo cheio de gel.
Era um sonho feminino, o Drácula, ou um pesadelo? Sua felicidade ou perdição? Ou será que um não vem sem o outro?


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