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Britânicos
surpreendem
do enviado especial a Veneza
"Metroland" e "24:7"
confirmaram nesse final de
semana: o melhor de Veneza-97 está no ciclo especial
"British Renaissance"
(Renascimento Britânico).
"Metroland" adapta o
primeiro romance de Julian
Barnes ("O Papagaio de
Flaubert"). Assumidamente autobiográfico, é a típica
novela de formação, concentrada na longa amizade
de Chris e Toni. São ambos
filhos da "Metrolândia",
um subúrbio de Londres
definido no livro como próprio para "bancários".
O filme parte do reencontro entre Chris e Toni, já
trintões.
O foco principal é Chris
(Christian Bale), sua educação sentimental em Paris e
seu casamento feliz com
Marion (Emily Watson),
que o traz de volta a Metroland.
O eterno hippie Toni (Lee
Ross) acaba sendo um contraponto.
A direção de Philip Saville
não poderia ser mais careta,
mas "Metroland" a supera
graças à força dos intérpretes e ao poder do texto de
Barnes na competente versão de Adrian Hodges.
São deliciosas as sequências da primeira transa, da
festa liberal, da conversa
franca sobre adultério.
Os subúrbios de "24:7"
são proletários. O título se
refere ao tempo livre dos jovens da região: 24 horas por
dia, sete dias por semana.
Um solteirão idealista decide combater o ócio que leva ao crime. Bob Hoskins
empresta credibilidade a esse personagem pouco desenvolvido. Abre um clube
de boxe e treina desocupados da região.
É como se a turma de
"Trainspotting" fosse jogada no universo de
"Rocky, O Lutador".
(AMIR LABAKI)
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