São Paulo, segunda, 1 de setembro de 1997.



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Joe Dante faz sátira dos EUA

do enviado especial a Veneza

Nada como um "outsider" norte-americano para metralhar as próprias instituições. "A Segunda Guerra Civil", comédia de Joe Dante exibida na mostra paralela Mezzogiorno (Meio-Dia), tem por parente mais próximo "Marte Ataca", de Tim Burton, e "Doutor Fantástico", de Stanley Kubrick. O filme será lançado diretamente em vídeo no Brasil.
Produzido pelo HBO, é a própria televisão o alvo do novo filme do criador de "Gremlins".
"A Segunda Guerra Civil" começa mostrando os bastidores de um canal de notícias que manipula e dramatiza os fatos descaradamente. Logo depois, é o capítulo final de uma telenovela que dita a agenda do país.
Resume-se à imigração o desafio do futuro dos EUA. Los Angeles assumiu o espanhol como língua oficial, os coreanos tomaram Rhode Island, mais de 1 bilhão de estrangeiros migraram para a pátria do Tio Sam.
Um governador oportunista (Beau Bridges) escolhe o nacionalismo como meta da campanha eleitoral que se aproxima. Passando por cima da Constituição, manda fechar as fronteiras de seu Estado (Idaho).
Um Presidente fraco e inescrupuloso (Phil Hartman), também de olho nas urnas, aposta no conflito e é adestrado por um atrapalhado assessor de relações públicas (James Coburn, hilário).
O assessor confunde as intenções do governador, trocando "sucessão" por "secessão", e ninguém segura o início da Segunda Guerra Civil nos EUA (a primeira foi no século passado). (AL)



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