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Joe Dante faz
sátira dos EUA
do enviado especial a Veneza
Nada como um "outsider" norte-americano para metralhar as
próprias instituições. "A Segunda
Guerra Civil", comédia de Joe
Dante exibida na mostra paralela
Mezzogiorno (Meio-Dia), tem por
parente mais próximo "Marte
Ataca", de Tim Burton, e "Doutor Fantástico", de Stanley Kubrick. O filme será lançado diretamente em vídeo no Brasil.
Produzido pelo HBO, é a própria
televisão o alvo do novo filme do
criador de "Gremlins".
"A Segunda Guerra Civil" começa mostrando os bastidores de
um canal de notícias que manipula
e dramatiza os fatos descaradamente. Logo depois, é o capítulo
final de uma telenovela que dita a
agenda do país.
Resume-se à imigração o desafio
do futuro dos EUA. Los Angeles
assumiu o espanhol como língua
oficial, os coreanos tomaram Rhode Island, mais de 1 bilhão de estrangeiros migraram para a pátria
do Tio Sam.
Um governador oportunista
(Beau Bridges) escolhe o nacionalismo como meta da campanha
eleitoral que se aproxima. Passando por cima da Constituição, manda fechar as fronteiras de seu Estado (Idaho).
Um Presidente fraco e inescrupuloso (Phil Hartman), também
de olho nas urnas, aposta no conflito e é adestrado por um atrapalhado assessor de relações públicas
(James Coburn, hilário).
O assessor confunde as intenções
do governador, trocando "sucessão" por "secessão", e ninguém
segura o início da Segunda Guerra
Civil nos EUA (a primeira foi no
século passado).
(AL)
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