Ana Ottoni/Folha Imagem

As negociações daquele que prometia ser um dos grandes negócios na área de seguros no Brasil foram afetadas pela grave crise econômica: depois da italiana Generali, a americana Liberty Seguros decidiu abandonar a disputa pela compra da Real Seguros, do banco ABN Amro. No páreo, estão ainda a AIG e a New York Life.

Num primeiro momento, os consultores que cuidavam da negociação imaginaram que a empresa poderia ser vendida por US$ 1 bilhão. No mercado, a aposta agora é a de que a empresa não conseguirá ser vendida por mais do que US$ 300 milhões. O ABN tem reafirmado que está em busca de um parceiro, e que a venda do controle da empresa está descartada.

ÚLTIMA ESPERANÇA
José Serra aposta todas as fichas na alta abstenção dos eleitores para garantir o segundo turno nas eleições. O comando de sua campanha concluiu, numa reunião no domingo, que boa parte das intenções de votos em Lula não vai se converter em voto na urna. Motivos: no Nordeste, onde Lula tem ótimo desempenho, quase a metade dos eleitores não votou, ou anulou o voto, em 98 (a abstenção chegou a 45,7%). Já no Sudeste, onde Lula vai pior, mais gente vota: a abstenção, em 98, foi de apenas 32,3%. O fenômeno, apostam, vai se repetir.

ÁRDUA TAREFA
Com os números na ponta da língua, o marqueteiro Nelson Biondi tentava convencer empresários que foram a sua casa no domingo, cumprimentá-lo por seus 60 anos (entre outros, Naji Nahas, Claudio Bardella e a família Malzoni) de que nem tudo está perdido. Lula, segundo ele, precisa pular de 45% para 49% dos votos totais esta semana para liquidar a fatura no primeiro turno. Em 98, Fernando Henrique Cardoso chegou a 50% dos votos totais na véspera da eleição.

BRUXA SOLTA
E o stress é total na campanha de Serra: sua mulher, Monica, caiu de cama na semana passada, com forte gripe; Biondi recebeu os convidados com febre; o publicitário Nizan Guanaes nem foi à festa, também febril; e Milton Seligman, coordenador da campanha, está usando colete ortopédico para aliviar dores na coluna.

CABO ELEITORAL 1
Andrea Matarazzo tirou licença de 30 dias da embaixada do Brasil em Roma. Veio reforçar a campanha tucana.

CABO ELEITORAL 2
Aguardado como grande estrela, Chico Buarque não vem ao comício de Lula, hoje, em SP. Mas mandou mensagem dizendo que "Lula é genuíno".

TELONA
Autor do seriado Malu Mulher, o dramaturgo Alcione Araújo finalizou o roteiro de "Hotel Brasil", adaptação para o cinema do romance policial de Frei Betto. A direção será assinada por Cirineu Khun.

NAVEGAÇÃO
Tatiana Piva de Albuquerque visitou mulheres rendeiras que vivem às margens do rio São Francisco, em Alagoas. Levou uma câmera e fotografou a população ribeirinha para uma exposição que será montada no restaurante da família.

SELVAGEM
A revista "Playboy" acaba de fechar contrato com a cantora Syang. Ela vai ser a capa da edição de novembro da revista. Ainda não se sabe se o ensaio será temático -a única coisa certa é que as fotos terão um ar "selvagem", a pedido da roqueira, que também é escritora de contos eróticos.

bergamo@folhasp.com.br

Com CLEO GUIMARÃES
E ALVARO LEME

CURTO-CIRCUITO

A Orquestra da Toscana faz concerto beneficente hoje, no Teatro Municipal de São Paulo, às 21h.
Com banquinho e violão, Edson Cordeiro faz show acústico hoje, às 20h, no Teatro Popular do SESI.
É hoje o lançamento do livro "Sete Contos Inverossímeis e muito mais", de Maria José Uchôa Alves de Lima, na livraria Cultura, da avenida Paulista, às 19h.
Álvaro Pereira lança hoje o livro "Depois de FHC", a partir das 19h, no restaurante Carpe Diem, em Brasília.
O ator Elias Andreato e o poeta Fernando Paixão participam de roda de leitura em homenagem a Carlos Drummond de Andrade, hoje, no Centro Cultural Banco do Brasil.
Nirlando Beirão e Washington Olivetto autografam exemplares de "Corinthians. É Preto no Branco", hoje, às 19h, na FNAC.

CASAMENTO

Dinho e Aline

Foi dos mais animados o casamento de Dinho Diniz e Aline Moreira, na sexta-feira, no Espaço La Luna. A noiva, que é modelo, era a mais perfeita prova de que, em termos de elegância menos pode ser -e quase sempre é-mais. Ela estava de vestido tomara-que-caia liso, flores naturais nos cabelos e diamante nas orelhas. Simples e chique.
A pista de dança ficou cheia até às 4h, mas o momento musical da noite foi mesmo o karaokê dos noivos-ele cantaram juntos a música "Não Quero Dinheiro (Eu Só Quero Amar)", de Tim Maia -aquela do "quando a gente ama, não pensa em dinheiro, só se quer amar, se quer amar...".
Pai do noivo, Alcides Diniz ficou a noite toda conversando com amigos como Cláudio Bardella e Renato Malzoni. Como a maré não está para peixe, o buquê da noiva foi disputado por beldades como Cássia Ávila, Mariana Bittencourt e Camila Espinosa.

NOITES DE NÚPCIAS

Pierre e Cláudia

Três seguranças em cada esquina do quarteirão e mais um verdadeiro exército estavam a postos na porta do prédio da família Burmaian, na alameda Tietê. Era este o esquema para recepcionar os presidentes do Brasil e da Armênia, que acabaram não aparecendo no casamento de Pierre Loeb e Cláudia Burmaian -filha do banqueiro Varujan Burmaian, do Banco Sofisa.

Uma vez lá dentro, tudo era de bom gosto. Da decoração -com carpetes brancos, que contrastavam com os arranjos de camélias e as mesas de espelhos- às pirâmides de doces, cobertas com delicados tules brancos.

Hebe Camargo foi chamada ao palco para cantar junto com os noivos e com Jorge Benjor. Depois da "canja", Cláudia acabou recebendo das mãos do cantor a faixa de Miss Simpatia.



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