São Paulo, sexta-feira, 01 de outubro de 2004

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FILMES

Jogada de Mestre
Globo, 15h40.
 
(Made in America). EUA/Canadá, 2000. Direção: Robert Vince. Com Kevin Zegers, Jamie Renee Smith. Após fugir, chimpanzé com capacidades inusitadas acaba sendo encontrado e adotado por um craque de hóquei, aprende a jogar e acaba se tornando mesmo um jogador decisivo. Atribuído pela emissora ao produtor Vince. Sem eira nem beira.

Vivos!
SBT, 22h30.
 
(Alive). EUA, 1993, 125 min. Direção: Frank Marshall. Com Ethan Hawke, Vincent Spano, Josh Hamilton. Um filme com virtudes negativas, isto é: tendo de reconstituir a aventura dos sobreviventes de um desastre aéreo nos Andes que, para sobreviver, tiveram de comer a carne de seus companheiros de vôo mortos, Marshall conseguiu fazer um filme que não é uma completa abjeção. Mantém-se nos limites da discrição e do respeito ao drama dos personagens, que envolve canibalismo. Agora, o assunto não favorece, e o vôo do filme, embora seguro, é rasteiro.

Intercine
Globo, 1h25.

Os candidatos à exibição nesta sexta são "Ou Tudo, ou Nada" (1997, de Peter Cattaneo, com Robert Carlyle, Mark Addy, William Snape) e "Studio 54" (1998, de Mark Christopher, com Ryan Phillippe, Selma Hayek, Neve Campbell).

Horas de Medo
Bandeirantes, 1h35.
 
(Below Utopia). EUA, 1997, 87 min. Direção: Kurt Voss. Com Justin Theroux, Alyssa Milano, Ice-T. Ao voltar para a casa paterna, com a namorada (Milano), "marchand" (Theroux) vê-se às voltas com problema grave: a casa é invadida por ladrões de obras de arte que, de passagem, optam por fazer um free-lance no ramo dos massacres. O rapaz e a namorada refugiam-se no sótão, e tudo vai muito bem, na medida do possível, até que os bandidos descobrem a existência do dito sótão.

Memórias de um Homem Invisível
SBT, 3h.
   
(Memoirs of an Invisible Man). EUA, 1992, 99 min. Direção: John Carpenter. Com Chevy Chase, Daryl Hannah. Homem que se torna invisível por acidente descobre as múltiplas vantagens da nova condição. Não haverá só vantagens. Comédia entre o ser e o não ser, levada com classe e recursos relativamente modestos por Carpenter.

Desejos
Globo, 3h10.
 
(Final Analysis). EUA, 1992, 124 min. Direção: Phil Joanou. Com Richard Gere, Kim Basinger, Uma Thurman. Não basta a Richard Gere ser um psicanalista. Ele ainda decide que pode transar com a irmã (Basinger) de sua paciente (Thurman). Sem contar os problemas éticos envolvidos, Gere ao menos podia se dar conta de que ela é casada, e com um gângster. Para se divertir, se não levar nada disso a sério. (IA)

O Telecine na era da dublagem

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Bem, o Telecine Happy acabou e o que se pode dizer é: tchau e bênção. De todos os canais Telecine, é o que mais longe esteve de cumprir sua função.
Melhor, então, esse Pipoca, que já começa com um nome indigno, mas vá lá: o canal fornecerá filmes dublados em português. São filmes que passam em outros canais da rede e em seguida podem ser vistos na versão dublada.
Pode ser uma vantagem enorme. Digamos que se tenha visto "Prenda-me se For Capaz" (às 21h no Pipoca), de Spielberg, com legendas. A versão dublada, se distorce o som original, tem a vantagem de liberar o olhar da legendas. Sobra mais tempo para a imagem.
É uma vantagem a considerar. É a que Roberto Rossellini considerava, e ele estava longe de dizer coisas impensadas.

TV PAGA

Desenho é "Os Osbournes" em versão light

DA REPORTAGEM LOCAL

Que adolescente nunca teve vergonha da própria família? Esse é o dilema que vem sendo levantado, com bom humor, pelo desenho "Meu Pai É um Roqueiro", do canal Cartoon Network.
Criada pelo baixista do Kiss, Gene Simmons, a série animada acompanha a vida do pequeno Willy Zila, um garoto de 12 anos, que, como o próprio nome entrega, tem de conviver com o fato de ter um pai roqueiro. E quarentão.
Rock Zila é o estereótipo do metaleiro dos anos 80: vive de calças justas, botas, todo tatuado, usa maquiagem no rosto e cabelos verdes e, por fim, não é lá um exemplo de boas maneiras. Completam a família a mãe-zen, a irmã-revoltadinha e um amigo dos Zila, outro músico sem-noção.
Willy, por outro lado, é um menino tímido, inteligente, usa óculos de aros grossos... Em outras palavras: é um garoto "normal".
O ritmo ágil, o verniz "cabeça-aberta" e a identificação que muitos podem ter com algum dos componentes da família Zila são bons trunfos de "Meu Pai É um Roqueiro" para conquistar a atenção da meninada. Há algo de tolerância e respeito às diferenças transmitido ali: no episódio de amanhã, a família recebe a visita de uma intercambista, e um lado e outro têm de abrir concessões.
Mas, de qualquer forma, o roteiro, fraquinho, fraquinho, não é suficiente para agradar aos fãs de séries com famílias não menos desajustadas, como "Os Simpsons", "South Park", "O Rei do Pedaço" e, claro, o "reality-show" "Os Osbournes", da MTV.
E é neste último que "Meu Pai É um Roqueiro" vai buscar a maior parte de suas referências - menos os palavrões, a trilha sonora, as bizarrices de Ozzy, enfim, o que a série tem de melhor.
Está aí uma coisa irritante da indústria cultural hoje. Um determinado produto faz sucesso? Então crie-se o maior número de clones possíveis, para todas as faixas etárias possíveis até que nada de original sobre. Para ninguém.


MEU PAI É UM ROQUEIRO. Quando: seg./sex, às 15h30; sáb., às 12h e 21h30; dom., 20h; no Cartoon Network.


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