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Ausência une artistas
especial para a Folha
Exposições coletivas buscam
normalmente algum tipo de convergência -afinidade geracional,
meio etc.- ditada por um curador. Em "A Falta", a partir de hoje
na Valu Oria, a curadora Lisette
Lagnado diz ter partido "a posteriori", sem uma tese antecipatória,
após visitar os ateliês dos artistas
envolvidos.
O que notou comum foi negativo
-não na acepção moral, mas lógica da palavra-, a impossibilidade. Seja do contato físico, da manutenção das regras, da própria
existência da forma. O que então
parece desconexo -gravuras do
"velho" Dudi Maia Rosa, fotografias de Enrica Bernardelli, uma escultura amorfa de Stela Barbieri-
ganha um denominador comum.
"É uma geração muito diferente
da dos anos 70, cujas peças convidavam o espectador ao toque; agora há um movimento de repulsa.
Ao mesmo tempo que expõem sua
intimidade, os artistas dificultam a
aproximação", explica Lisette. Ato
contínuo cita a novíssima Rivane
Neuenschwander e seu chão de cozinha infecto. A peça não está na
galeria, está na Bienal.
(PV)
²
Exposição: A Falta
Onde: Valu Oria Galeria de Arte (Al. Gabriel
Monteiro da Silva, 1403, tel. 883-0811)
Quando: seg a sex, 10h às 19h; sáb, 11h às
14h; (abertura hoje, 21h)
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