São Paulo, quinta, 1 de outubro de 1998

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Ausência une artistas

especial para a Folha

Exposições coletivas buscam normalmente algum tipo de convergência -afinidade geracional, meio etc.- ditada por um curador. Em "A Falta", a partir de hoje na Valu Oria, a curadora Lisette Lagnado diz ter partido "a posteriori", sem uma tese antecipatória, após visitar os ateliês dos artistas envolvidos.
O que notou comum foi negativo -não na acepção moral, mas lógica da palavra-, a impossibilidade. Seja do contato físico, da manutenção das regras, da própria existência da forma. O que então parece desconexo -gravuras do "velho" Dudi Maia Rosa, fotografias de Enrica Bernardelli, uma escultura amorfa de Stela Barbieri- ganha um denominador comum.
"É uma geração muito diferente da dos anos 70, cujas peças convidavam o espectador ao toque; agora há um movimento de repulsa. Ao mesmo tempo que expõem sua intimidade, os artistas dificultam a aproximação", explica Lisette. Ato contínuo cita a novíssima Rivane Neuenschwander e seu chão de cozinha infecto. A peça não está na galeria, está na Bienal. (PV) ²
Exposição: A Falta
Onde: Valu Oria Galeria de Arte (Al. Gabriel Monteiro da Silva, 1403, tel. 883-0811)
Quando: seg a sex, 10h às 19h; sáb, 11h às 14h; (abertura hoje, 21h)




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