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Caixa não tem critério artístico
especial para a Folha
A Coleção Itaú Cultural - Série Acervo Funarte acerta no
atacado, mas erra feio no varejo. Parece que se resolveu simplesmente transformar em CD,
aleatoriamente, os velhos LPs
da Funarte, sem qualquer critério artístico -ou, simplesmente, de bom senso.
É difícil imaginar barbaridade maior do que a que foi feita
com a "Missa de Santa Cecília",
do Padre José Maurício Nunes
Garcia (1767-1830) -cujo nome, por sinal, não consta da capa do disco, aparecendo apenas no texto do encarte.
Lançada anteriormente em
CD duplo pela Funarte, a obra
foi desmembrada em dois volumes -lançados com nada
menos de cinco meses de distância entre um e outro.
Detalhe: no antigo CD da Funarte, a missa vinha junto com
as "Matinas de Finados", do
mesmo compositor. Agora,
quem quiser ouvir as "Matinas" terá de desembolsar mais
R$ 17, pois a peça também foi
lançada em disco à parte.
Estranho processo de encolhimento sofreu o CD dedicado
aos concertos para piano e orquestra do paulista Camargo
Guarnieri (1907-1993).
Felizes proprietários do disco
lançado pela Funarte em 94 foram contemplados com 22 minutos a mais de música, pois
aquele CD tinha o concerto nº
5, ausente da edição atual -que
inclui apenas os concertos de
nº 3 e 4.
A Coleção Itaú Cultural - Série Acervo Funarte traz, por
fim, um disco que foi lançado,
simultaneamente, pela Rádio
MEC, com trechos das óperas
"Fosca" e "Lo Schiavo", de Carlos Gomes.
Porém, embora a gravação
apresentada nos dois CDs seja
rigorosamente a mesma, com
os mesmos intérpretes, o disco
da Rádio MEC é mais completo, com quatro trechos (23 minutos) a mais que o do Itaú
Cultural.
(IFP)
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