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São Paulo, sábado, 01 de novembro de 2003

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FILMES E TV PAGA

Moisés
SBT, 14h20.
  
(Moses). EUA, 96. Direção: Roger Young. Com Ben Kingsley, Frank Langella. Filme feito para a TV que conta a história bíblica de Moisés, desde a infância até a idade adulta, quando é incubido de proferir os Dez Mandamentos.

Os Picaretas
Globo, 16h15.
   
(Bowfinger). EUA, 99, 97 min. Direção: Frank Oz. Com Steve Martin, Eddie Murphy. Martin é um produtor de cinema na pior que, para emplacar um sucesso, trata de incluir um astro (Murphy). Só que o astro não sabe disso. Com o mundo do cinema em perspectiva, Frank Oz usa e explora com talento seus atores cômicos também talentosos.

Crime Perfeito
Globo, 23h05.
   
(Kiss Tomorrow Goodbye). EUA, 2000, 85 min. Direção: Jason Priestley. Com Nicholas Lea, Holt McCallany. Homem acorda na praia, após festa, ao lado de uma mulher morta e de um chantagista que diz tê-lo visto matar a mulher. A conferir. Inédito.

As Brumas de Avalon
SBT, 0h.
  
(The Mists of Avalon). EUA, 2001, 183 min. Direção: Uli Edel. Com Anjelica Huston, Joan Allen, Juliana Margulies. Estamos na Inglaterra medieval, época e território do rei Arthur, mas aqui estamos também no romance de Marion Zimmer Bradley, e quem dá as cartas são as mulheres em torno de Arthur: Viviane, Morgana e Morgause. Inédito.

Tensão Sexual
Bandeirantes,1h.
 
(Watch Me). EUA, 95, 87 min. Direção: Lipo Ching. Com Jennifer Burton, Robert Medford. Fotógrafo voyeur fica olhando mulher até descobrir que ela também o anda espiando. No mundo de hoje, o importante é ver e ser visto não é isso?

Cuidado com as Baixinhas
SBT, 3h30.
 
(National Lampoon Attack of the 5'2" Women). EUA, 94. Direção: Richard Wenk. Com Julie Brown, Khrystine Haje, Peter DeLuise. Duas histórias de mulheres baixinhas. A primeira é uma patinadora também gordinha que contrata um trapalhão para matar a rival. A segunda é uma mulher frígida que decide cortar o pênis do marido, por achar que ele andava saindo com outra.

Bem-Vindo à Casa de Bonecas
Globo, 3h35.
 
(Welcome to the Dollhouse). EUA, 95, 87 min. Direção: Todd Solondz. Com Heather Matarazzo, Victoria Davis. Menina de 11 anos, inexpressiva, pouco bonita, pouco inteligente e pouco amada, arma plano para namorar rapaz mais velho e se afirmar devidamente. O filme ganhou uma série de prêmios em festivais independentes e se deve ao mesmo Solondz, cujo "Felicidade" fez bastante sucesso no Brasil. É o momento de entropia da noção de independência, que se confunde cada vez mais, nos EUA, com um facilitário enganador.

Seguro Fatal
SBT, 5h05.
 
(Death Benefit). EUA, 86. Direção: Mark Piznarski. Com Peter Horton, Wendy Makkena. Mulher pede que seguradora reembolse os custos que teve com a morte acidental de sua filha de 19 anos. Fuça de cá, fuça de lá, um advogado descobre que o acidente não foi assim tão acidental. Só para SP. (IA)

"Tônica Dominante" existe para a música

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Não sei de ninguém, exceto Jairo Ferreira, que tenha falado bem de "Tônica Dominante". Mas Jairo Ferreira, morto há cerca de dois meses, sempre trouxe opiniões tão originais quanto quase sempre pertinentes.
Ou antes, mesmo quando não muito pertinentes, tinham a virtude de apontar um caminho. O filme de Lina Chamie certamente é cheio de defeitos. Há momentos em que a interpretação dos atores parece não fazer mais sentido do que um teatro escolar. Certas câmeras lentas dão a impressão de que entramos de repente em um anúncio. Etc.
Passemos agora às virtudes, que também existem. A primeira delas é justamente a audácia. Temos um filme inteiro tomado pela música, em que tudo existe para a música (inclusive os silêncios). OK, alguém dirá, então Lina Chamie deveria dar um concerto.
Não é tão simples assim. As imagens estão lá, afinal. E algumas delas são bem incisivas. Há uma panorâmica da cidade de São Paulo, que, como todos sabemos, é famosa por sua feiúra. A imagem -onde só há concreto e fuligem- parece existir para reforçar essa idéia.
Mas há, ao mesmo tempo, a música. Como se diz em algum momento: a música organiza tudo. E os acordes musicais sobre a cidade nos lembram de que a música é um organizador das coisas, assim como a imagem. Dziga Vertov acreditava que o olho humano era uma coisa caótica, que necessitava das imagens de cinema para se organizar.
Talvez nem sempre o próprio filme tenha essa organização. Em troca, cria momentos fortes, como naquele em que dá a ver a tensão dos músicos durante um recital. Destinado a ser fracasso de público, com o qual a crítica também não teve lá grande generosidade, este é um filme destoante. E nada neste mundo destoa em vão.


TÔNICA DOMINANTE. Quando: hoje, às 18h30, no Canal Brasil.


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