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TELEVISÃO
Governo vai financiar três séries para jovens
Criados por produtoras independentes, programas serão destinados às classes C, D e E
Ministério da Cultura vai destinar R$ 8 milhões a minisséries de 12 capítulos, que devem ser exibidas
por emissoras públicas
LAURA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo federal irá financiar três minisséries dirigidas a
jovens das classes C, D e E.
Os projetos, de produtoras
independentes, serão selecionados por um júri composto
por membros do Ministério da
Cultura (MinC), do mercado
audiovisual e de TVs públicas,
que deverão veicular as séries.
Na primeira etapa, serão escolhidos oito finalistas, que terão de produzir um episódio
inaugural, a ser exibido por canais públicos e educativos.
Após submeter os programas
a pesquisas qualitativas, os jurados vão determinar os três
que serão transformados em
minisséries de 12 capítulos.
O valor total do financiamento é de R$ 8 milhões, o que representa cerca de R$ 180 mil
por episódio. O valor é baixo,
mas viável, na opinião de Fernando Dias, presidente da Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão (ABPI-TV). Para se ter uma
idéia, um capítulo de novela da
Globo custa em média R$ 300
mil. Já "Alice", série brasileira
da HBO, gasta R$ 1 milhão por
episódio, provavelmente o
mais alto da televisão no país.
O financiamento das três minisséries faz parte do programa
Mais Cultura, do MinC. O
anúncio foi feito nesta semana,
em um seminário realizado na
Cinemateca de São Paulo, a fim
de definir regras do edital de
convocação das produtoras.
Mário Borgneth, coordenador-executivo do Mais Cultura
Audiovisual, disse que o edital
será lançado entre 10 e 15 de dezembro. A escolha dos oitos finalistas se dará, segundo ele,
em março, e a exibição dos episódios inaugurais, de outubro a
dezembro de 2009. Já as minisséries provavelmente entram
no ar em 2010. De acordo com
ele, já há TVs públicas interessadas em veicular os programas, entre elas a Cultura de SP,
que participou do seminário. É
certo que as séries contarão
com a TV Brasil, que pertence
ao governo federal.
Dias, da ABPI-TV, afirmou
que a escolha dos jovens como
público-alvo é positiva. "Todo
mundo quer trabalhar com esse nicho na TV, que ninguém
conseguiu ainda conquistar."
O próximo passo do Mais
Cultura Audiovisual é financiar
uma revista eletrônica cultural.
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