DA ENVIADA A FLORIANÓPOLIS

A curva histórica mostra que, nos anos em que o cinema brasileiro vai bem, o mercado todo cresce.
Foi assim, por exemplo, em 2003 ("Carandiru", "Lisbela e o Prisioneiro") e em 2004 ("Cazuza", "Olga").
Os números comprovam que os filmes nacionais não tiram público dos blockbusters estrangeiros. Ao contrário. Somam ingressos ao total padrão das bilheterias.
Segundo o boletim Filme B, que monitora o mercado no Brasil, as bilheterias cruzaram, na semana passada, uma marca histórica, com uma arrecadação superior a R$ 1 bilhão, número inédito.
Puxados por "Chico Xavier", "Nosso Lar" e "Tropa de Elite 2", os filmes brasileiros já venderam 17,9 milhões de ingressos. Em 2009, foram 15,9 milhões de espectadores para o filme nacional.
A Agência Nacional de Cinema estima que, neste ano, a participação do filme brasileiro chegue a 15% ou 16% do total do mercado. No ano passado, esse número foi de 14,3%. "Achamos que o mercado todo vai crescer, chegando a 130 milhões de ingressos. Desse total, 20 milhões devem ser de filmes brasileiros", diz Rangel.
Antes que alguém aponte a concentração dos ingressos num número pequeno de filmes como um problema, Rangel afirma: "É assim nos cinemas nacionais ao redor do mundo todo".
Em situação também inédita, há duas semanas, o parque exibidor estava ocupado, majoritariamente, pelo cinema brasileiro. Havia "Tropa de Elite 2", mas havia também "Nosso Lar" e alguns outros filmes mais modestos. (APS)


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