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RÁDIO
Aficionados em rock estão de cabelo em pé
MAGALY PRADO
DA FOLHA ONLINE
Mais uma emissora segmentada
no gênero rock entra na guerra
pela audiência a todo custo. A
Brasil 2000 FM (SP) vai se comercializar. Na verdade, mais um
pouco. E convocou Lélio Teixeira
(ex-Nova FM) para a coordenação da rádio. Lélio é conhecido
como quem fez a 97 FM, pioneira
na segmentação em rock, virar
dance music.
No meio radiofônico, lamentam que, cada vez mais, as rádios
abram espaço para o pop e deixem de lado o rock. Dizem que o
diretor artístico, Roberto Maia,
continua no cargo.
O problema não é a saída de Tatola, o coordenador anterior. A
entrada de Lélio é que é preocupante. Como ele mesmo diz, "acabou a poesia em rádio".
Pode-se dizer que a Brasil 2000
está passando por sua terceira fase. Começou com Maia, encabeçando uma equipe que ainda contava com o criativo DJ Magu na
área promocional. Levava adiante
uma proposta de rádio emergente. Lidava com rock, blues, reggae
e sons experimentais.
A segunda fase foi quando Tatola entrou para acabar com o charme de "college radio". A emissora
já amargava mudanças que tiravam a aura cult. A ida de Lélio só
demonstra que a estratégia de comercialização será severa.
A justificativa é fazer sucesso.
Lélio garante que a rádio não irá
se prostituir, que jamais tocará
músicas que não tenham a ver
com o perfil do ouvinte (maioria
de 15 a 24 anos). Só quer deixá-la
competitiva.
Na última sexta, a Polícia Federal fechou a rádio pirata Planeta
FM, que funcionava com 5K, na
Serra da Cantareira, prendendo
em flagrante seu proprietário, padre Chico. Considerada a maior
rádio pirata de São Paulo, chegou
a ser sintonizada em Florianópolis. Operava na frequência 90,1 e
tocava Roberto Carlos e sertanejo.
A Transamérica vai investir pesado no esporte. Há rumores de
que Éder Luiz, da Band FM, comandará a equipe, que já conta
com Cléo Brandão.
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