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Sucesso vem por lado "roqueiro", acredita Skazi
DJ vê "energia" em suas exibições; também é conhecido no
México, no Japão e em Israel, onde é considerado popstar
Críticos consideram música apelativa e comercial; "Não me chateio", responde
israelense, que afirma fazer também "faixas dark"
DA REPORTAGEM LOCAL
Fenômeno da eletrônica no
Brasil, o israelense Skazi, ou
Asher Swissa, credita seu sucesso ao formato "roqueiro"
que dá às suas apresentações.
Ao vivo, o Skazi se apresenta
com ele mesmo na guitarra e
Assaf Bibas na programação
eletrônica, além de um vocalista e um baterista.
Na megafesta XXXPerience,
ocorrida no último dia 11, ele teve como convidado Iggor Cavalera, ex-Sepultura.
"O que faço é uma mistura
entre música eletrônica, rock e
ragga. Tudo junto", diz ele, que
classifica seu som de "psy-punk-trance-rock-music". "É
uma salada. As pessoas preferem ouvir esse tipo de eletrônica, com guitarra, vocais, do que
algo monotônico, sem energia."
Essa "salada", ao mesmo
tempo que faz a cabeça de fãs,
atrai críticas pesadas. Apelativa
e comercial demais são definições que críticos associam à
música do israelense.
"As críticas não me chateiam.
Minha música é comercial, claro. Mas para cada faixa comercial eu faço duas ou três mais
profundas, darks. Eu vim do
underground."
A estética roqueira de Skazi
não apareceu por acaso. Seu
primeiro envolvimento com a
música foi por meio do punk e
de sua banda, a Breast Cancer,
onde tocava guitarra. Em 1992,
ele trocou o rock pelo trance
psicodélico.
"Devemos nos mover sempre
para a frente. Comecei sozinho,
a performance era quase inexistente. Demorou para encontrar o formato ideal."
Rei no Brasil, Skazi é popular
também no Japão (onde já tocou em festival para 90 mil pessoas), México e, claro, Israel,
onde é tratado como popstar.
"O estilo que toco é muito popular em Israel. Mais do que o
tecno, o minimal. Lá, eletrônica
é mais popular do que rock."
A ligação de Skazi com o Brasil é tão forte que ele até fez
uma canção em português:
"Acelera", que no meio de seus
barulhos e histéricas batidas
traz alguém gritando um impublicável palavrão.
"Às vezes penso apenas em
satisfazer a mim, mas muitas
vezes tenho de pensar no dancefloor. E há músicas que faço
para deixar todo mundo de saco cheio", brinca.
Dá para ouvir "Acelera" e outras faixas de Skazi em sua página no My Space: www.myspace.com/skazi.
Sobre a participação de Iggor
Cavalera em seu show, ele diz
que sempre viu o Sepultura como um "ídolo". "Tive a idéia de
chamá-lo e conversei com um
amigo em comum. Foi um sonho. O Iggor é um dos melhores bateristas do mundo."
(THIAGO NEY)
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