São Paulo, sexta-feira, 01 de dezembro de 2006

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Sucesso vem por lado "roqueiro", acredita Skazi

DJ vê "energia" em suas exibições; também é conhecido no México, no Japão e em Israel, onde é considerado popstar

Críticos consideram música apelativa e comercial; "Não me chateio", responde israelense, que afirma fazer também "faixas dark"


DA REPORTAGEM LOCAL

Fenômeno da eletrônica no Brasil, o israelense Skazi, ou Asher Swissa, credita seu sucesso ao formato "roqueiro" que dá às suas apresentações.
Ao vivo, o Skazi se apresenta com ele mesmo na guitarra e Assaf Bibas na programação eletrônica, além de um vocalista e um baterista.
Na megafesta XXXPerience, ocorrida no último dia 11, ele teve como convidado Iggor Cavalera, ex-Sepultura.
"O que faço é uma mistura entre música eletrônica, rock e ragga. Tudo junto", diz ele, que classifica seu som de "psy-punk-trance-rock-music". "É uma salada. As pessoas preferem ouvir esse tipo de eletrônica, com guitarra, vocais, do que algo monotônico, sem energia."
Essa "salada", ao mesmo tempo que faz a cabeça de fãs, atrai críticas pesadas. Apelativa e comercial demais são definições que críticos associam à música do israelense.
"As críticas não me chateiam. Minha música é comercial, claro. Mas para cada faixa comercial eu faço duas ou três mais profundas, darks. Eu vim do underground."
A estética roqueira de Skazi não apareceu por acaso. Seu primeiro envolvimento com a música foi por meio do punk e de sua banda, a Breast Cancer, onde tocava guitarra. Em 1992, ele trocou o rock pelo trance psicodélico.
"Devemos nos mover sempre para a frente. Comecei sozinho, a performance era quase inexistente. Demorou para encontrar o formato ideal."
Rei no Brasil, Skazi é popular também no Japão (onde já tocou em festival para 90 mil pessoas), México e, claro, Israel, onde é tratado como popstar.
"O estilo que toco é muito popular em Israel. Mais do que o tecno, o minimal. Lá, eletrônica é mais popular do que rock."
A ligação de Skazi com o Brasil é tão forte que ele até fez uma canção em português: "Acelera", que no meio de seus barulhos e histéricas batidas traz alguém gritando um impublicável palavrão.
"Às vezes penso apenas em satisfazer a mim, mas muitas vezes tenho de pensar no dancefloor. E há músicas que faço para deixar todo mundo de saco cheio", brinca.
Dá para ouvir "Acelera" e outras faixas de Skazi em sua página no My Space: www.myspace.com/skazi.
Sobre a participação de Iggor Cavalera em seu show, ele diz que sempre viu o Sepultura como um "ídolo". "Tive a idéia de chamá-lo e conversei com um amigo em comum. Foi um sonho. O Iggor é um dos melhores bateristas do mundo." (THIAGO NEY)


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