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Público quer entretenimento, diz membro do Infected Mushroom
Dupla de trance psicodélico toca com apoio de guitarra, percussão e vocal
DA REPORTAGEM LOCAL
A moda pegou. Além de Skazi, outros israelenses populares
no Brasil estão incorporando
performance roqueira em suas
apresentações de trance psicodélico. É a dupla Infected
Mushroom, formada por Erez
Eizen e Amit Duvdevani.
Eles iniciam hoje uma extensa turnê pelo país, que incluirá
apresentação na gigante rave
Tribe, no interior de São Paulo,
que ocorre no próximo dia 16.
Além de Eizen e Duvdevani,
o Infected Mushroom terá no
palco guitarrista, vocalista e um
percussionista -este último, o
brasileiro Rogério Jardim.
"Por vários anos estivemos
presos no formato tradicional
da eletrônica", afirma Eizen.
"Isso ficou chato. As pessoas
querem assistir a um show,
querem entretenimento. O público não entende o que acontece quando vê apenas um DJ mexendo nos toca-discos ou
um produtor com um laptop."
"Queremos dar algo diferente, oferecer alguma coisa a
mais", ele explica. "E todo
mundo gosta de guitarra. Não
digo que algo apenas eletrônico
não seja bom, apenas que é chato como entretenimento. O que
o DJ está fazendo com o laptop? Talvez não esteja fazendo
nada. Com esse novo formato, a
reação do público é outra."
Mesmo com a introdução de
instrumentos "orgânicos", ele
ainda classifica sua música de
"eletrônica" e de "psy trance".
"As faixas continuam sendo
eletrônicas, têm 70% de sua estrutura eletrônica."
Popular
Formado em 1996, o Infected
Mushroom chega a ser, no exterior, tão ou até mais popular
do que o Skazi. Na última eleição promovida pela revista britânica "DJ Mag" sobre os nomes mais populares da dance
music, a dupla israelense aparece em 12º lugar.
"Foi uma grande surpresa. O
psy trance está ficando muito
popular no mundo. Mas, espero, não tão popular, para não
estragar seu espírito."
Em dez anos de carreira, o
Infected Mushroom já contabiliza mais de meio milhão de discos vendidos, entre álbuns de
estúdio e compilações.
(TN)
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