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ARTES CÊNICAS
Campanha de Popularização do Teatro e da Dança mostra trabalhos exibidos em 2002, a preços reduzidos
BH anima programação de férias com 107 espetáculos
PEDRO IVO DUBRA
DA REDAÇÃO
Enveredando por meses tidos
como culturalmente mais mornos -janeiro e fevereiro-, começa amanhã em Belo Horizonte
a 29ª edição da Campanha de Popularização do Teatro e da Dança.
Apresentam-se 107 espetáculos, a
preços reduzidos, na iniciativa do
Sinparc (Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas).
Com um cardápio eclético, que
abarca tanto o teatro de grupo do
Galpão ("Romeu e Julieta" e "Um
Molière Imaginário", em cartaz
em fevereiro) quanto o trabalho
do humorista cego Geraldo Magela ("Ceguinho É a Mãe" e "Ceguinho Chutando o Balde", neste
mês), o projeto mostra 59 peças
adultas, dez montagens de dança
e 38 peças infantis. Os ingressos
das duas primeiras categorias
custam R$ 6; os da última, R$ 5.
Entre os trabalhos encenados,
encontram-se também "Sonho de
uma Noite de Verão - Fragmentos
Amorosos", com a Cia. de Dança
de Minas Gerais e direção de Gabriel Villela, e "Os Orixás", do
grupo de teatro Giramundo.
"Sem Lugar", dos bailarinos do
1º Ato, "Amor e Restos Humanos", da Odeon Companhia Teatral, e "A Casa de Bernarda Alba",
da cia. Oficcina Multimédia, são
alguns exemplos dos espetáculos
representados que ultrapassaram
as fronteiras belo-horizontinas e
fizeram temporada paulistana.
Para participar da campanha, é
necessário que as montagens tenham estreado ou realizado temporada em 2002. Algumas delas
ficam em cartaz somente em janeiro, outras sobem ao palco em
fevereiro. Há ainda as que perfazem os dois meses.
Mecânica e preço
A mecânica da Campanha de
Popularização do Teatro e da
Dança é simples: produtores culturais da cidade baixam os preços
de todas as entradas das sessões,
vendidas em três postos específicos. Caso não se esgotem, são encontradas na porta do teatro em
questão ao custo habitual.
Segundo Rômulo Duque, 46,
presidente do Sinparc, o montante estimado para a total cobertura
do orçamento do projeto é de cerca de R$ 800 mil. R$ 250 mil foram
captados ao total, com as leis de
incentivo municipal e estadual. O
grosso do dinheiro arrecadado
pela iniciativa vem de bilheteria.
"Uma vantagem dessa edição é
que não coincidiremos com o
Carnaval. Isso diminui a dispersão do público e da informação
sobre o evento", afirma Duque.
Em 2002, segundo o Sinparc, foram comercializados quase 200
mil bilhetes, e a arrecadação chegou a R$ 1,4 milhão, com 81 espetáculos. Para este ano, espera-se
ultrapassar a marca de espectadores e beirar os R$ 2 mi.
Duque afirma que o preço é um
fator importante para o sucesso
da campanha, mesmo para o público com maior poder aquisitivo.
"Também devido à divulgação, as
pessoas que nunca foram ou não
costumam ir ao teatro acabam curiosas e comparecem."
R$ 5 e R$ 6 são, para ele, valores
que "não desmerecem o trabalho
dos produtores". "Houve aqui
uma iniciativa de cobrar R$ 1,99.
Começava errada, pois associava
o preço a produtos tidos como de
baixa qualidade. Acho que, em
vez de cobrar R$ 1 ou R$ 1,99, pode-se fazer uma ação social real."
Em 2003, a expansão do projeto
para além dos limites da capital
continua. As cidades de Juiz de
Fora, Nova Lima e Vespasiano recebem parte da programação.
29ª CAMPANHA DE POPULARIZAÇÃO
DO TEATRO E DA DANÇA. Quando: de
amanhã a 23/2. Informações pelo tel. 0/
xx/31/3271-8461. Quanto: R$ 5 (teatro
infantil) e R$ 6 (dança e teatro adulto).
Patrocinadores: MSA, Forno de Minas,
Mate Couro, Telemar e Conservo.
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