São Paulo, sexta-feira, 02 de abril de 2004

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"SCOOBY DOO 2 - MONSTROS À SOLTA"

Seqüência de versão alongada perde charme e graça do desenho

PEDRO BUTCHER
CRÍTICO DA FOLHA

Graças à tecnologia digital, a fronteira entre animação e filme tradicional se dissolve cada vez mais. Com alguns cliques de mouse é possível brincar com o corpo de um ator como o desenhista brincava com seu cartum ou criar um personagem e misturá-lo aos atores de "carne e osso". Essa tecnologia deu o empurrão para que Hollywood se movimentasse rumo às HQs, aos filmes fantásticos e aos desenhos de sucesso da TV, como "Scooby Doo".
Agora, o cão-detetive ganha seu segundo longa. Como no primeiro "Scooby Doo", no entanto, continua difícil entender qual é a necessidade de ver em filme o que tinha mais graça em desenho.
Pequenas tramas ganharam versões esticadas demais; o uso e abuso das cores, que no desenho faziam parte da graça, ficaram apenas kitsch; e os atores não-virtuais perderam o charme que seus modelos tinham de sobra.
Em "Scooby Doo 2", a turma da Mistério S.A. tenta descobrir quem está por trás da volta de vários monstros que combateram no passado. O caso é seguido por uma jornalista que manipula as reportagens para difamar o grupo. Scooby e Salsicha se sentem culpados pelo fracasso do grupo e tentam bancar os corajosos. Sorrisos são inevitáveis, mas o longa não se iguala ao desenho.


Scooby Doo 2 - Monstros à Solta
Scooby-Doo 2: Monsters Unleashed
 
Direção: Raja Gosnell
Produção: EUA, 2004
Com: Freddie Prinze Jr., Matthew Lillard
Quando: a partir de hoje nos cines Anália Franco, Center Norte e circuito



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