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ARNALDO JABOR
Corrupção global vai do angu até o FBI
Na qualidade de detetive amador, o que me chamou atenção
para a rede global de crimes, senhor promotor, foi o preço das
"quentinhas" e o fato de que, ao
abrir uma delas, Cadelão, pardo,
detento com Aids na penitenciária de Bangu, tenha berrado como num presságio: "Esta porra eu
não como!".
Foi aí que eu pensei: "Um prato
feito com angu, bofe e feijão pode
lá custar R$ 8,90 ao Estado do
Rio, se antes era apenas R$ 6,40?
Como o Garotinho pode pagar isso ao Jair Coelho, rei das "quentinhas" e das latas de lixo, e à sua
mulher e sócia Ariadne, ex-pantera, ex-loura burra e atual perua
emergente? Aí tem coisa!".
Verifiquei então, senhor promotor, que Coelho era o único
fornecedor da praça e que ele caucionava seu contrato com TDAs,
"títulos da dívida agrária", emitidos pelo Incra para a reforma
agrária (pobre MST!), sendo que
esses títulos eram de uma fazenda
inexistente (dentro d'água), mas
registrada em nome de um tal de
Gomes (lembrei-me do saudoso
Gomes, o rei do melhor angu do
mundo -não aquele angu-de-caroço que Cadelão recusara na
prisão), sendo que este homem teria ligações com o "pastor de almas" Caio Fábio, o anunciador
do dossiê Caribe em associação
-dizem- com Leopoldo Collor,
Maluf e os elementos Oscar de
Barros e José Ferraz (agora despertados para a fama), que teriam o intento de provar que o
presidente FHC tinha uma conta
conjunta nas Bahamas, (não no
puteiro, mas na ilha...) com outros tucanos, dossiê Caribe esse
que visava prejudicar o Covas, na
eleição contra o Maluf, sendo que
o "homem de Deus" Caio Fábio
nega para suas ovelhas que tenha
sido ele quem forjou o tal dossiê e
sim o doleiro James Deegan (ex-Jamil Degan, árabe), em Miami,
junto com um tal de José Ferraz,
preso pelo FBI em Boca Raton, e
que o dossiê Caribe teria sido oferecido ao Lula e ao Brizola e ao
ACM por Gilberto Miranda, da
Franca Zona de Manaus, e por
Lafaiete Coutinho, ex-presidente
do Banco do Brasil e pai de uma
das noras de Maluf, de modo a
fortalecer a "Conexão Esfiha",
tão diligentemente preservada
por seu "negro de ganho" Celso
Pitta, atual ex-marido de Nicéa
(a "estraga-prazeres"), conexão,
ou melhor, quadrilha essa que
reúne vereadores paulistas, fiscais
de camelôs, meganhas, piranhas
e concessionárias francesas de coleta de lixo e que foi denunciada
pelo saudoso Gilberto de Tal, ex-camelô e atual "presunto", devidamente executado e já enterrado com lágrimas em Natal, quadrilha essa que também dava altos lucros em estacionamentos
oficiais para o jovem Flávio Maluf, cuja cara é um mix cuspido e
escarrado do pai Maluf com
Woody Allen (que negou tudo,
claro), sendo que o seu amigo Ferraz (que ele alega não conhecer) é
primo de Fábio Monteiro de Barros, ora foragido e dono da construtora Ikal, que fez a sede do
TRT de São Paulo, com o desvio
de R$ 169 milhões pelo juiz Lalau,
escondido dentro de seu Porsche
prateado em Miami, Lalau este
dono da empresa Hillside Inc. nas
Bahamas (a ilha, não o puteiro),
sócio-fantasma do já mencionado Ferraz, dono da Overland Financial, também acusado nos
EUA de lavagem de grana do
narcotráfico, inclusive grana de
Fernandinho Beira-Mar, atualmente esquartejando por celular
do Paraguai, sendo que Ferraz é
irmão do vice-presidente da Ikal,
que repassou parte do tutu (R$ 34
milhões) para Luís Estevão, senador da República atualmente em
crise existencial, sendo que o supracitado Ferraz (nos comunicam o FBI e a Interpol) também é
acusado de corromper funcionários da prefeitura de Pitta em favor da Metrored, empresa americana, para a instalação, com "bola", de cabos de fibra ótica, por
entre os esgotos de merda do subsolo da cidade, onde se cavou o
grande túnel do Ibirapuera, a jóia
da coroa de Maluf, superfaturada
em R$ 1,8 bilhão, com "nihil obstat" do Tribunal de Contas do Estado que, apesar de pareceres de
técnicos honestos, aprovou as
contas de Reinaldo de Barros
(que nega tudo) e de Maluf,
atualmente em Paris, de onde
não volta tão cedo, jantando no
Pré Catalan e xingando o garçom, sendo que o malfadado dossiê Caribe teria também interessado o imigrante Naji Nahas,
emérito derrubador de Bolsas de
Valores, que queria usá-lo para
provocar uma grave crise política,
de modo a arrebentar as Bolsas
brasileiras para, assim, faturar
cerca de US$ 200 milhões, aproveitando-se da maravilhosa
chance de o Brasil estar bem na
beirinha do abismo, sem a confiança da comunidade internacional, o que provocaria uma
quebra, um "crash", um "bust",
um "shit" em nossa economia,
junto com o colapso da Ásia e da
Rússia, sendo que a desgraça do
Brasil (oba!!!) traria lucros gordos
para a "Conexão Esfiha" (que nega tudo) e poderia também trazer
vantagens para o Fidelity Group,
dono da Metrored, que é a maior
gestora de dinheiro do mundo e
que, com outras megacorretoras,
foi muito beneficiada pela política de abertura de mercados forçada pelo Tesouro americano não
só aqui como na Ásia, pois a administração de Clinton, Rubin e
Summers assim pagou os favores
destas supercorretoras que financiaram sua reeleição, permitindo
que a dita indústria financeira
penetrasse como um pênis americano na Ásia e na Rússia, empanturrando os especuladores amarelos com maus empréstimos
("bad loans"), o que quase levou
o mundo ao beleléu em 98, erro
muito mais grave que o pecado de
sexo oral com a Monica Lewinski
ou a acusação de que teria fornecido informações a chineses para
satélites artificiais em troca de
grana de campanha, assunto que
não é de minha alçada, senhor
promotor, mas que acaba sendo a
outra ponta do fio de Ariadne
(ah! ah!), a meada que vai desde o
angu-de-caroço do Rio, passando
pela esfiha envenenada de São
Paulo até Washington, sendo que
tudo se acendeu para mim num
claro instante, senhor promotor,
quando o nosso Cadelão gritou,
vendo a "quentinha" superorçada do Garotinho, do Coelho e da
Perua, em Bangu: "Esta porra eu
não como!".
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