São Paulo, quarta-feira, 02 de maio de 2007

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Mônica Bergamo

@ - bergamo@folhasp.com.br

João Sal/Folha Imagem
A Chef Ana Luisa Trajano


"Vai faltar champanhe no mundo"
O enólogo francês Pierre Lurton, olhos fixos no vinho que ainda gira no copo, sentencia, depois de prová-lo: "Seda, veludo e cashmere juntos". Lurton, diretor do Château Cheval Blanc e do lendário Château D'Yquem, está no Brasil e é a estrela de uma degustação vertical do vinho argentino Cheval des Andes promovida na casa do empresário João Carlos Camargo, no Guarujá, na noite de segunda. Quatro safras de vinho serão provadas pelos 20 convidados (todos homens): 2004, 2002, 2001 e 1999. O preço da garrafa varia de R$ 400 a R$ 560. "Venho uma vez por ano ao Brasil. E sempre tenho o prazer de ser convidado a mansões muito agradáveis. Eu estava triste por causa disso (aponta para um curativo na testa). Mas agora estou feliz." Lurton bateu a cabeça em uma porta de vidro sem sinalização do Sofitel Jequitimar, o hotel de Silvio Santos. Levou sete pontos na testa.
 

Outro convidado especial é o francês Yves Benard, recém-nomeado presidente do Instituto Nacional de Apelações de Origem da França e diretor da divisão de champanhe da Moët Hennessy. Benard faz um alerta aos brasileiros: "Vai faltar champanhe no mundo". Ele explica melhor: brasileiros, russos, indianos e chineses estão bebendo mais. "É impossível produzir o volume necessário. O champanhe original é produzido na região de Champagne, na França. O espaço é limitado e está todo ocupado." O preço da bebida subiu até 12%, em dólar, nos últimos anos. A solução, diz, é produzir mais espumantes. "O Brasil, por exemplo, produz um ótimo espumante, com a qualidade do francês, mas com características locais." Davide Marcovitch, presidente da Moët Hennessy na AL, Caribe, África e Oriente Médio, concorda. "O Brasil perde tempo com vinho. Tinha que investir em espumante."
 

O "cocktail dînatoire" foi feito pela chef Ana Luiza Trajano, que preparou tiras de filet mignon ao sol, marinado na cachaça com angu branco e legumes. Os convidados começam a falar de política. Serra ou Aécio -quem sucederá Lula? "Jacques Wagner", afirma o advogado Arnoldo Wald Filho, um dos convidados. "Lula está governando para os ricos e para os pobres. Agora é a vez da classe média", diz Jorge Cury, da construtora Tricury, que começa a mirar nas classes C e D. "Logo vou vender apartamentos de R$ 70 mil a R$ 100 mil, financiados pelo mesmo valor da prestação de um carro."
 

Perto da meia-noite, as mulheres, que ficaram em uma casa próxima, voltam. Algumas reclamam por não ter participado da degustação, reservada só aos maridos e namorados.

FOI MAL
A declaração de Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, da Força Sindical, de que "discutir meio ambiente, até pouco tempo atrás, era coisa de v..." gerou reação imediata de militantes gays. "De fato, nós, os v..., temos mais que consciência ecológica. Queremos um mundo plural com respeito a todas as diversidades", diz Beto de Jesus, secretário para America Latina e Caribe da ILGA (International Lesbian and Gay Association). Para Jesus, Paulinho, que até assinou apoio à Frente Parlamentar pela Cidadania GLBT, "se empolgou demais. Se livrar do preconceito é um processo. O Paulinho ainda está em processo".

DOUTRINA
Jorge Bornhausen e Guilherme Afif Domingos estão convidando o espanhol José María Aznar para vir ao Brasil no fim de maio, para palestra organizada pelo DEM, ex-PFL.

EU SOU JOVEM
O cantor Zezé di Camargo, da dupla com Luciano, está uma fera com a Band FM, que o vetou na programação. "Eu só queria entender quais os critérios. Dizem que é pela preferência do público jovem, mas nossos shows têm 90% de jovens", diz ele. A emissora diz que uma pesquisa apontou rejeição a nomes como Zezé, Daniel e Leonardo; e maior interesse por duplas novas, como César Menotti & Fabiano e Edson & Hudson. "Cesar Menotti & Fabiano são mais velhos que a gente", diz Zezé.

O TAPINHA
O Conar pediu a sustação de uma campanha publicitária do site Cresce.net que anunciava um ensaio sensual com a boxeadora Duda Yankovich e os dizeres "Bate que ela Gosta". A denúncia foi feita pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República.

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"Não preciso disso"

Roberto Justus comemorou 52 anos com quatro dias de festas num hotel no Guarujá. Ele reservou 30 suítes para 60 convidados. De sábado até terça-feira aconteceram jantares, shows e um luau. Ticiane Pinheiro, mulher do empresário, falou à coluna.  

FOLHA - Recebemos um release de sua assessoria dizendo que você está disponível para entrevistas.
TICIANE PINHEIRO
- Foi um mal-entendido. Comecei agora com a assessoria e fiquei chateada de saber que mandaram e-mail para todo mundo. Trabalho desde os sete anos. Todos me conhecem, não preciso disso.

CURTO-CIRCUITO

A BOA COMPANHIA, grupo teatral de Campinas, inicia hoje temporada do espetáculo "A Dama e Os Vagabundos", sempre às quartas-feiras, às 21h, no Sesc Ipiranga.
CYBELLE WEINBERG lança o livro "Por que Estou Assim?" hoje, às 19h30, na Livraria da Vila da Alameda Lorena, às 19h30.
A COMPANHIA DE DANÇA Sociedade Masculina estréia a coreografia "Muito Pelo Contrário", hoje, às 21h, no Teatro Municipal, com renda para o Instituto Se Toque.
AS ATRIZES Sônia Braga, Lucélia Santos e o restante do elenco de "Donas de Casa Desesperadas" apresentam o seriado hoje, no Centro de Convenções do WTC, no Brooklin, às 9h45.
A JORNALISTA MARIA JOSÉ AMERICANO e o neurocirurgião Marcílio Silva Proa Jr., do hospital Albert Einstein, assinam o projeto editorial do livro "As Múltiplas Faces da Dor".

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