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Sem Moraes Moreira, Novos Baianos lembram 40 anos
MARCUS PRETO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Moraes Moreira não vem.
Mesmo sem ele, Baby do Brasil,
Paulinho Boca de Cantor, Luiz
Galvão, Pepeu Gomes, Dadi
Carvalho, Jorginho Gomes e
Didi Gomes se reúnem amanhã, às 15h, no palco principal
da Virada Cultural, na avenida
São João, em show que comemora os 40 anos de existência
dos Novos Baianos.
O repertório da apresentação
privilegia as canções do LP
"Acabou Chorare", obra-prima
do grupo lançada em 1972. "Esse disco tem uma sobrevida que
nem a gente esperava", diz Boca, 62. "Essa duração se deve ao
fato de esse som ter nascido de
gente que morava junto, passava o dia inteiro fazendo música
e jogando bola."
"Mas eu vou fazer algumas
coisas novas, para mostrar que
ainda estamos vivos", rebate o
letrista Galvão, 72. "Vou ler
dois poemas novos, o "CPI das
Espingardas de Batom" e "Poeta
da Era Bill Gates", que devem
entrar no próximo disco dos
Novos Baianos."
Sim, além de seguir com esse
mesmo show pelas principais
capitais brasileiras, os planos
do grupo incluem um álbum
com repertório inédito ainda
para este ano. Se possível, com
a adesão de Moraes Moreira.
"Sem o Moraes não é legal",
admite Paulinho Boca de Cantor, 62. "Ele é uma figura de
proa no grupo. Todas as vezes
que planejamos nos reunir e ele
não pôde, a gente cancelou."
Apesar disso, Baby, 56, que
virou evangélica, garante que a
ausência do companheiro não
vai prejudicar a apresentação
de hoje em São Paulo. "Quando
Moraes saiu em carreira solo, a
gente seguiu com o grupo e fez
tudo sem ele", lembra. "É claro
que sempre faz falta, mas o
Paulinho, eu e o Pepeu vamos
dividir as músicas que ele canta. E vai ser tudo lindo, graças
ao Senhor. Aleluia!"
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