São Paulo, sábado, 2 de maio de 1998

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smashing pumpkins

Divulgação
O líder Billy Corgan do trio americano Smashing Pumpkins



A Ilustrada adianta com exclusividade como será 'Adore', o aguardado quarto disco da banda americana, que estará nas lojas do mundo em junho


LEANDRO FORTINO
free-lance para a Folha

O Smashing Pumpkins, "banda mais britânica dos Estados Unidos", lança mundialmente no dia 2 de junho seu novo trabalho, "Adore" -três anos depois do estrondoso sucesso do álbum "Mellon Collie and the Infinite Sadness", que se tornou o álbum duplo mais vendido da América.
Esse é o quarto disco da carreira do grupo (sem contar a coletânea de lados B "Pisces Iscariot"), que hoje está resumido a um trio.
Em julho de 96, o Smashing Pumpkins enfrentou problemas sérios depois que o tecladista Jonathan Melvoin morreu de overdose de heroína em um hotel, em Nova York. Com ele estava o baterista Jimmy Chamberlin.
Cansado de aguentar o vício do colega, o líder Billy Corgan expulsou o baterista e o substituiu por Matt Walker, do Filter, que acompanhou o grupo durante a turnê de "Mellon Collie...".
No ano passado, o trio mostrou as caras e participou da trilha de "Batman & Robin" com duas faixas: "The End Is the Beginning Is the End" e "The Beginning Is the End Is the Beginning".
O novo álbum, "Adore", é um disco homogêneo, diferente dos três outros trabalhos da banda. O rock mais pesado foi deixado de lado, o piano ganhou importância, as guitarras distorcidas permanecem -na forma de baladas introspectivas- e o vocal enjoado de Billy Corgan continua a dar personalidade ao grupo.
Leia abaixo como são as 16 faixas de "Adore".

"To Sheila" - Balada acústica, quase sem bateria, em que Corgan já dá o tom de depressão que segue por quase todo álbum.

"Ava Adore" - Primeiro single e clipe. Traz os solos de guitarra mais pesados do disco. Deve agradar aos fãs.

"Perfect" - Teclado, batida repetitiva, na mesma fórmula de sucesso de "1969", do disco anterior.

"Daphne Descends" - Rock gótico que torna explícita a influência de bandas inglesas dos anos 80, como Cure.

"Once Upon a Time" - No refrão, Corgan chora seu "último adeus" e pergunta: "Quem se importa?".

"Tear" - A batida "bolero", dos teclados Casio, é a base dessa música. Guitarras épicas complementam as lamentações do vocalista.

"Crestfallen" - O piano ganha força. A ausência de um baterista faz o grupo apostar na amiga eletrônica.
"Appels + Oranjes" - Momento alto-astral de "Adore". A guitarra praticamente não aparece. Em seu lugar, teclados e mais batidas artificiais.

"Pug" - A faixa psicodélica de "Adore". Muitos ruídos e sons distorcidos. Ponto positivo para o grupo.

"The Tale of Dust and Pistol Pete" - Mistura partes acústicas e rock melódico.

"Annie-Dog" - Piano, bateria e nenhuma guitarra. Corgan canta em um tom mais baixo, irreconhecível.

"Shame" - Entediante e enfadonha. Na linha "deprê" do resto de "Adore".

"Behold! The Night Mare" - Mais uma balada repleta de ruídos eletrônicos.

"For Martha" - Solos de piano dominam a longa introdução. Corgan arrisca um falsete e se dá mal.

"Blank Page" - Piano e teclado acompanham o vocal na faixa romântica do disco.

"Piano Solo" - Poderia ter terminado 17 segundos antes.




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